Propriedades emocionais dos
gêneros da Cidade Maravilhosa
Quem nasce no Rio de Janeiro, e se diz pertencente a um bairro, faz gênero. Quem é da Tijuca se diz orgulhosamente tijucano. No plano do preconceito, gente de Copacabana, lugar com pretensão cosmopolita, diz que tijucano é suburbano, além túnel. Não existe quem se diga copacabanense, nem botafoguense que se diga assim porque nasceu em Botafogo. Tanta gente nasce no Flamengo e torce para o time do Botafogo campeao de 2010. Ipanemense é quem comungou atos e fatos dos anos 60/70. Quem nasce no bairro de Leila Diniz hoje não é nada. Lebloniano é um estilo global da virada do século. Lapiano, Centro, lugar de todos, da boemia de sempre. E carioca da gema é o melhor bordão e de autor ignoto. (Por Alfredo Herkenhoff)