domingo, 13 de março de 2011

Tsunami 8.9 & Rio de Janeiro 2011

Bom dia, internautas!
Vulcão é furúnculo, terremoto é ataque epiléptico, tsunami é diarreia. Vamos que vamos!


Depois dos vinte,
pinte e borde,
mas não transborde.
A  idade da razão chegou.
O Japão, por nada ter além de japonês, escapou da sanha colonial. Por escapar, fez a Revolução Meiji, mandou os melhores quadros estudarem na Europa. Depois a dinastia na esteira do nacionalismo/fascismo galopante encarou os EUA. Levou 2 bombas. Por não ter petróleo, virou 2º potência mundial. Por ter sismo, hoje ensina às equipes internacionais (lá prestando ajuda) a lidar com o caos natural, nuclearmente falando.
Quem foi João Dantas? Ah! Não sabe, não se lembra. Foi um homem poderosíssimo, dono do jornal conservador mais influente do país (ou entre os dois ou três mais influentes), em fins dos anos 50. Foi patrão de Ferreira Gullar e muita gente boa. Filho de Orlando, aquele jornalista nome de rua atrás da FGV, esquina com a Farani. Filho de Ondina, Anos Dourados. Estreia sexta-feira nos melhores cinemas.
Rio, Cidade Maravilhosa, mas apenas pelas belezas naturais e por sua gente simples, descontraída. Apesar de terra do grande Oscar Niemeyer, o Rio vem sendo destruído há um século por engenheiros, arquitetos, políticos e empresários da especulação imobiliária. Viaduto não resolve a logística, apenas adia os engarrafamentos. Aterros? Seja o do Flamengo ou de Copacabana, apenas afastaram o mar dos nossos olhos. A cidade ficou menos bela, mas ainda é belíssima. E a Av. Rio Branco? Quarta geração de edifícios! E quanto mais novos, mais nojentos esses prédios da grana que ergue coisas feias.
 
Relembrando este  belo soneto do meu saudoso amigo Papi:

Borbulha ou bolha sangrada
na maceração da uva
do espumante sobrenada
... em toneis e lembra chuvas
de pergaminhadas gotas
buriladas no cristal
de um colar de contas soltas
no orvalho celestial
a sublimar-se no casco
de garrafas tamponadas
com rolha e arame... E vê-las
no cândido culto a Baco
lava almas sideradas
E o resto é beber estrelas
Aviso aos navegantes da poesia: Marco Lucchesi, um dos nossos mais importantes poetas, e hoje o mais jovem e certamente o mais erudito integrante da Academia Brasileira de Letras (recém-eleito agora em 3 de maço de 2011), conhece a obra de Papi e até já fez algumas considerações por escrito sobre ela. Ou seja, estou mexendo num mural em que só aceito citar craques.
 (Por Alfredo Herkenhoff).