Deu no The New Yor Times no fim de semana sobre Lula:
Ele foi chamado de presidente Teflon, o mais popular presidente do mundo, de líder que sobreviveu a escandalo atrás de escândalo até ver os índices de aprovação do seu governo nas alturas. Mas com a produção industrial caindo drasticamente e o desemprego subindo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pode apresentar arranhões na sua até então aparente inexpungável armadura, dizem analistas.
Ao comparecer ao palco mundial da reunião do G20 em Londres na quinta-feira, Lula enfrentava desafios crescentes no popularidade interna e talvez no seu status de um dos mais combativos advogados do mundo em desenvolvimento.
Três pesquisas recentes de opinião mostrando queda nas taxas estelares de aprovação do governo e muita controvérsia sobre a sua declaração culpando "gente branca e irracional de olhos azuis" pela crise econômica poderiam ser sinais de que Lula afinal também é um mortal, dizem analistas.
A perspectiva de que avanços sociais e econômicos sejam minados pela crise mundial poderia afundar o enorme sucesso dos seus dois mandatos, disse Julia E. Sweig, diretora do setor de estudos latino-americanos do Conselho de Relações Exteriores.
Lula ainda tem número invejável de admiradores no Brasil, mas se a tempestade econômica continuar, isso pode destruir ainda mais este apoio e enfraquecer a sua capacidade de passar a Presidência em 2010 para a sua escolhida como sucessora, a ministra-chefe da Casa Cvil, Dilma Rouseff.