quarta-feira, 8 de julho de 2009

Brasil Vale Ouro: esportes, investimentos, mineração

Educação e esportes

Atletas que obtiverem índice olímpico treinarão no Rio de Janeiro

Investimentos de R$ 13 milhões


Cerca de duas mil crianças e jovens cariocas, com idades entre 7 e 19 anos e que tenham aptidão para a prática esportiva, poderão se aperfeiçoar num centro de treinamento que vai funcionar na Vila Militar de Deodoro, zona oeste do Rio de Janeiro. A iniciativa faz parte do programa Brasil Vale Ouro, lançado terça-feira (7) pela companhia Vale, em parceria com os ministérios da Defesa e do Esporte. O ministro da Defesa, Nelson Jobim, participou da solenidade, mas deixou a Vila Militar sem falar com a imprensa.

De acordo com o diretor-presidente da Vale, Roger Agnelli, o objetivo é descobrir novos talentos olímpicos no país, principalmente em esportes individuais, como judô, natação e atletismo. Embora reconheça que o projeto possa garantir ao país um número maior de medalhas nas Olimpíadas de 2016, Agnelli ressaltou que essa expectativa é secundária.

“Isso é consequência do esforço deles. Se vierem, serão muito bem vindas, claro. Mas o que queremos mesmo é abrir espaço para o desenvolvimento dessas crianças e jovens, dar a eles oportunidade de vencer na vida por meio do esporte”, destacou. A expectativa é que o programa atenda 30 mil crianças e adolescentes no país.

Pelo projeto,o Rio de janeiro vai receber o Centro Nacional de Excelência do Brasil Vale Ouro, para onde serão transferidos todos os atletas que obtiverem índice olímpico das três modalidades nas unidades regionais.

Para essa fase, a Vale está investindo R$ 13 milhões na construção de um ginásio de judô, na Vila Olímpica, e ainda de dois alojamentos. O Ministério do Esporte também investiu R$ 250 mil. No local, serão oferecidas ainda oficinas para a capacitação de futuros técnicos esportivos com padrão internacional, que poderão trabalhar em instituições públicas e privadas.

Vale e ThyssenKrupp na CSA:

Investimento de R$ 13 bilhões

A Vale não medirá esforços para que a Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA) fique pronta em janeiro, disse ontem o diretor-presidente da mineradora, Roger Agnelli, no lançamento do projeto Brasil Vale Ouro, na Vila Militar, no Rio de Janeiro. De acordo com o executivo, se necessário a empresa aumentará sua participação no empreendimento, atualmente de 10%. Na semana passada, a Vale anunciou seu interesse em ampliar a sua fatia na parceria com a alemã ThyssenKrupp, que detém os demais 90% da CSA. "Se para terminar o projeto a Thyssen quiser um apoio mais direto da Vale, estaremos juntos, como sempre estivemos", reforçou Agnelli.

A CSA, orçada em 4,5 bilhões de euros (R$ 13,5 bilhões), é atualmente o maior investimento privado do Ocidente. A ThyssenKrupp vem sofrendo mais os impactos da crise do que a Vale. Por isso, a mineradora brasileira está disposta a ampliar sua fatia no projeto. Agnelli também disse que a mineradora vai retomar a produção de pelo menos uma mina, a de Gongo So (MG), e de uma pelotizadora, situada na Companhia Siderúrgica de Tubarão (CST), em Vitória (ES). As unidades estavam fora de operação desde o final do ano passado, em decorrência da crise mundial.