segunda-feira, 20 de julho de 2009

Ataca Sarney e PMDB não-confiáveis, atinge Lula


Reformas já, mas para o presidente Lula parece já não haver mais tempo. Reformas sempre, e sempre com muita briga parlamentar, quanto mais saudável a disputa renhida, menos saudade teremos desses tempos corruptos de discrepâncias e injustiças sociais.

Mas condenar Sarney agora, com exclusividade, seria como absolver tantos outros suspeitos. Não que não o senador sob acusações não possa se afastado da chefia do Senado ou que não mereça até mesmo ser cassado, mas teria de se obedecer aos ritos. O foco nele pela mídia é mera pressão política contra Lula. Além de Sarney, há 34 senadores e ex que foram beneficiados por atos secretos implicando gastos e que não foram publicados pela gráfica do Senado com seus "laboriosos" 1.100 funcionários.

O PMDB, como enorme federação de ambições e gente experimentada na luta por um naco maior na coisa pública, está cada vez mais vilão nessa história. Mas o PMDB, ao contrário do PT, não é poder personificado. É de negociação fisiológica o tempo todo.

Na sua reeleição, Lula cedeu muito, mas valeu a pena. Sacrificou candidatos do PT em toda parte do Brasil Lula ganhou o PMDB. Mas, mesmo assim, a história mostra que ninguém pode confiar cegamente no PMDB, nem o próprio PMDB confia em si próprio. PMDB é partido tipo escorpião. É o patrono do troca-troca de posição. E tem venenos.


Por Alfredo Herkenhoff -