Por Alfredo Herkenhoff
Pergunta de Liege M. Gonzalez a Ferreira Gullar:
Sua biografia diz que, quando descobriu a vocação para escritor, o Sr. passou dois anos lendo só gramáticas. Obstinação ou perfeccionismo?
Não, nada disso, eu era garoto e fiz uma redação para a escola e a professora achou muito bem feita, mas não deu nota máxima porque tinha dois erros de português. Eu tinha 13 anos, achei que poderia ser escritor, mas para isto eu não podia errar gramática, então comecei a ler gramática. Não era mania, talvez eu fosse um pouco exagerado, mas se você vai desenvolver uma atividade em qualquer terreno, seja um metalúrgico ou eletricista, você tem que conhecer o instrumento de trabalho, as regras. Você pode até quebrá-las ou mudá-las depois, mas tem que conhecer. Quem dera que os artistas de hoje resolvessem aprender direito seu ofício em vez de ficar fazendo besteira.
Texto avistado no site: http://www.soartecontemporanea.com/
Jackson Pollock, Moby Dick, mera ilustração da expressão
Na surdina, lembro ainda que, na mesma noite de 2 de dezembro, haverá a grande decisão no Maracanã entre Fluminense e LDU, na final da Copa Sul-Americana. Para ver a entrevista-fantasma, siga o seguinte link:
http://correiodalapa.blogspot.com/2009/06/ferreira-gullar-entrevista-fantasma.html
E quem quiser ler agora o manifesto neoconcretista de 1959, se ligue no link:
http://marginaisherois.blogspot.com/2009/11/manifesto-neoconcreto-de-ferreira.html