O presidente Barack Obama, que entrou para a História como o primeiro presidente negro dos Estados Unidos, ganhou o Prêmio Nobel da Paz. Obama, 48 anos anos, foi homenageado como projeto de esperança, sonhos reais. Tudo em torno de Obama não é ideal ou idealista. Obama enfrenta guerras fora do seu país. A pior delas é a do fundamentalismo de muçulmanos que em nome de Deus odeiam a diferença, são intolerantes. Obama trava um conflito pessoal, como presidente da nação mais poderosa que tem as melhores armas, mas que ainda não sabe como transformar essa força em admiração. Obama, há nove meses no Poder, tem sido execrado por parte da mídia americana como comunista, enrolador e irresponsável que quer socializar o sistema de saúde dos Estados Unidos. Obama é o cara. Ele tem sido mais hostilizado nos últimos três meses do que durante a disputa eleitoral para ganhar a Casa Branca. Mas ele apenas guerreia, não rechaça os arsenais de seu país. A arma americana já foi fundamental contra o nazismo e, não fosse ela, o mundo estaria pior do que está. Atenção Afeganistão e radicais livres em geral: o prêmio foi dado não apenas a um homem, mas a uma ideia aprovada por votação popular de tornar a Casa Branca mais integrada ao Mundo, com menos unilateralismo, ou menos ações militares sem o aval das Nações Unidas. Segundo o Instituto Nobel, o presidente dos Estados Unidos criou um "clima novo para a política internacional. Graças a seus esforços, a diplomacia multilateral recuperou a posição central e devolveu às Nações Unidas e outras instituições internacionais seu papel protagonista".