O ex-diretor gerente do Fundo, algemado em NY, tem um nome, Strauss Khan, que soa misto de etrusco com escroto. Além do mais, Dominique na sonoridade lusa soa feminino. E a camareira do Sofitel supostamente violentada é de Guiné. As duas ultimas casas em que ela morou em NY com uma filha de 15 anos - a mãe tem 32 - tinham aluguel pago por uma ONG ligada a soropositivos de HIV. A entidade não deu detalhes, mas confirmou: só aluga casa para quem tem o troço. Será que EstrrôsaKhana terá o troço? E agora Dominique? Mídia americana não dá mole. Vai decobrindo tudo.
Nos EUA, uma denúncia como a da africana negra, humilde e muçulmana produz uma presunção de culpa mais forte do que a presunção de inocência. Os EUA padecem de uma judicialite aguda. Vive-se lá um retrocesso nos Direitos Civis desde o fatídico Nine Eleven.
Algemar DSK foi um acinte aos meus olhos. Que ele pegue 20 anos se for culpado como parece, mas algemar naquela altura, diante da midia mundial, foi um pequeno crime que a Justiça americana está cometendo contra si própria.
É como no caso da morte de Bin Laden, que leva todo jeito de execução sumária no ato de encontrá-lo. Não que não merecesse a punição capital legal nos EUA. Mas é mais um sinal do 11 de setembro apunhalando o sistema pelos sentimentos de vingança e de humilhação.
(Por Alfredo Herkenhoff)