O tema tem sido tratado como tabu ao longo de décadas, mas precisa ser encarado, prosseguiu o vice-governador, advertindo que comunidades como a do Chiqueirinho, em Manguinhos, são focos de doença, com casas de madeira sobre palafitas, invadindo o Canal do Cunha e o Rio Jacaré. Quando chove, as famílias ficam vulneráveis a todo tipo de bicho e à lama dos rios, que invadem as casas.
"As comunidades são as primeiras a querer a remoção para áreas com infra-estrutura. Não queremos afastar ninguém da área onde se encontra, mas, não é tolerável ver casas invadindo rios e florestas. Temos de fazer esse trabalho de remoção e melhorar a fiscalização, para que outras invasões não ocorram", explicou o vice-governador.
Pezão citou pesquisas entre internautas do Globo e na Folha de São Paulo mostrando que as próprias comunidades são favoráveis a projetos que ofereçam compra assistida de outro imóvel, remoção para uma unidade construída pelo próprio estado e indenização, para que os moradores voltem para suas áreas de origem, ou possam buscar uma casa em outra região.
"Oferecemos opções para que o morador possa escolher a que achar melhor. Queremos dar mais qualidade de vida à população e transformar a realidade dessas comunidades. Além de projetos que impeçam a ocupação de morros e margens de rios, precisamos reforçar a fiscalização. Esse tem de ser o foco para não continuar a degradação das nossas cidades", concluiu Pezão.