sexta-feira, 15 de abril de 2011

Berlusconi comemora vitória: Bunga Bunga - Parte 1 de 5



Berlusconi comemora vitória: 
Bunga
Bunga

Novidades no caso nesta sexta, 15 de abril de 2011
 Leia aqui: Parte 1 de 5 

 Por Alfredo Herkenhoff – Correio da Lapa – Rio de Janeiro

 A maior novidade no escândalo sexual das noites de Bunga Bunga é que enquanto o presidente Silvio Berlusconi e o Parlamento tratam de mexer nas leis para alterar o curso das acusações contra o chefe de Estado, de modo a provocar o chamado “processo breve”, uma tentativa de acabar com toda essa especulação, evitando uma condenação do Cavaliere, algumas das meninas envolvidas começam a dar novas versões com detalhes sobre o festim, sobre o convite e as promessas, as recompensas pela participação.
 Na quarta-feira, 13 de abril de 2011, o Parlamento aprovou uma lei ad personam, de modo a encerrar um processo que já dura 15 anos, o caso Mills, no qual Berlusconi é acusado de corrupção, pagar propina. A nova lei vai ao Senado e tchau tchau “processo lungo”.
  Afora as fantasias despertadas por jornais de oposição e por internautas abordando as festinhas Bunga Bunga, o chefe de governo enfrenta uma única acusação formal mais grave do ponto de vista legal: pagar para fazer sexo com uma jovem menor de idade, a Ruby, de apenas 17 anos. Ela nega.
  E está em curso outra reforma ad personam, a lei da mordaça, destinada a ajudar neste momento Berlusconi, uma lei para impedir o uso de grampo telefônico, a chamada intecettazione. Ou, noutras palavras, a base aliada de Berlusconi, 314 deputados, está punindo juízes, procuradores do Estado, desmoralizando o Judiciário, distraindo a opinião pública e afrontando a Constituição.
 Hoje tudo é festa para Berlusconi, comemorando a vitória no Parlamento, sob aparência de plena legalidade constitucional. Mas amanhã pode rolar um neofascismo, com um único homem abertamente controlando toda a nação italiana pelo dinheiro e pela grande mídia, a sua rede de TV, um homem controlando tudo e todos, o sexista Presidente do Conselho dos Ministros.

Continua