terça-feira, 15 de dezembro de 2009
Giuseppe Ungaretti, a morte não-anunciada
Giuseppe Ungaretti nasceu na terra do livro e morreu qual epopeia, borboleta do lirismo latino na diversidade europeia.
Quisera ser lembrado
depois da partida
Mas o gol da vitória do último suspiro
A história só foi uma leve despedida
A distância, o tempo e o ignoto o enterraram
Quando dei por mim
a sua notícia chegou velha
Entristeci com o atraso
Ainda assim reverenciei a sua morte
Toda morte é um instante singular
Plural é a saudade
Inútil, a saudade
Biscoito fino
Toulouse Lautrec
Orelha de Van Gogh
Te vejo logo mais na quina da eternidade
Por Alfredo Herkenhoff