Luiz Inácio no papel de descendente de Guran, chefe pigmeu
Protetor dos fracos e oprimidos, sou a ponta de lança de uma tradição de quase 20 gerações iniciada há quase mil anos, quando um ancestral viajante, de nome Cristóforo Andante, foi parcialmente vitimado durante um ataque pirata ao navio entre a Europa e o Norte da África.
Diante do acúmulo de ganâncias nos mercados especulativos, eu, levado um tanto jovem a assumir com minha orfandade súbita o papel dado pelo destino, tive fraqueza ou paciência para dar passos menores, ou mesmo ficar parado, ou recuar, e quase confundi essa pausa com o fim de uma saga, com essa história de cair na gandaia e desperdiçar a montanha de diamantes que preservamos no fundo da Caverna da Caveira. Por tudo isso, no momento de entrar em ação, fiz o convite aos dois dignitários de maior penetração midiática internacional nos tempos recentes.
Barack Obama é uma figura que conheci pessoalmente, por acaso, na infância nas selvas da Indonésia. Depois, também por simples coincidência, estive com ele nos tempos de universidade. Eu sempre como um simples estudante, honrando a tradição da família, jamais me apresentando na minha condição de autêntico Fantasma. E também, tal qual Obama, curti os prazeres de bons banhos de mares, só que não no Havaí, poucas vezes nadei nesta ilha, mas muitas justo nas mais belas praias do Índico, hoje pragueadas pela pirataria.
Agora, diante da situação da rapinagem em terra e no mar da Somália, e rapinagem nos quatro cantos da Terra por meio desses mercados especulativos da ganância de financistas inescrupulosos, resolvi que era hora de intervir e retomar à velha tradição de combate à bandidagem.
Voltei para a minha caverna em Bengala, que tanto gente confundiu com o golfo nas bandas do Subcontinente Asiático, e convoquei a reunião à qual compareceram Barack Obama Hussein, Luiz Inácio Lula da Silva (substituindo um outro descendente de Guran, o chefe dos pigmeus) e Hillary Clinton, esta mais para fazer companhia a minha Lady Diana Palmer, cujo verdadeiro nome... Bem, isso não cabe comentar agora...
O Lula Guran não ficou zangado por eu dizer que ele representava os irmãos pigmeus do Hemisfério Sul. Estava tão alegre com a visão de mim, no meu uniforme colante, e com a intimidade que confirmei, pessoalmene, existir entre ele e Obama, que aceitou de bom grado o novo apelido Lula Guran. O chefe brasileiro foi o que mais falou no encontro, e como Obama não entende nada de português, revelei mais um pequeno segredo: aprendi a língua dos velhos colonizadores de Lisboa na temporada na Indonésia, e depois ainda fiz um passeios secretos por Macau e Meliapor. E fui traduzindo tudo entre nós três.