Perda de tempo e juízes com mais passagens aéreas
Não chega a ser uma farra, mas os magistrados do Supremo também passaram a gastar passagem de avião como nunca antes na história da corte. Os juízes do STF passaram a exercer papel de propagadores da imagem institucional da corte, viajando para inaugurações forenses e palestras de norte a sul do Brasil.
Também vários magistrados dão aula nas horas vagas para universitários e pós-graduandos, e nessa atividade, que é legal, extra-forum, o fazem até em estabelecimento educacional que é propriedade privada justo de Gilmar Mendes.
Ora, com tanta morosidade para os pobres, e tanta agilidade para os ricos apoiados por tropa de choque causídica com arcabouço jurídico, não é nada simpático ver juízes, que ganham R$ 25 mil pratas por mês, mais mordomias a perder de vista, perdendo tempo, gastando horas preciosas com essas atividades extra-judiciais. O complemento do capilé viria pelas mãos do próprio presiente e patrão Gilmar Mendes?
Os magistrados podem alegar que ao exercer o magistério atualizam-se com outros juristas, professores, jovens advogados e universitários, tudo num processo positivo de interação. Mas não é nada disso que transparece aos olhos de quem lê jornais.
A alta corte não tem que ir à universidade, tem que mergulhar nas próprias entranhas e ver a consequência de cada decisão. Ver quais respostas a legislação propicia e agilizar todos os processos sem perda de qualidade. O caos social da perda de credibilidade da Justiça se instala até no plenário do Supremo e já produz coceiras e bate-boca nas dobras das togas dos 11 ministros.
O que se vê é o caos visto por uma torcida social: torço para o Flamengo. Sou ministro Joaquim Barbosa até morrer. Pois torço contra o fazendeiro de capangas Daniel Mendes ou Gilmar Dantas.