terça-feira, 11 de agosto de 2009

Judas forjou suicidio e virou senador

Por Fernando Herkenhoff (*)

Recebi e-mail de uma deusa escandinava (codinome: doideca). Doideca significa ex-dondoca que está ficando leleca. Tudo mentira. Uma mulher sensível e inteligente. Peró, como os homens mal suportam mulheres inteligentes, ela me solicitou anonimato. Recebi um e-mail de protesto em relação ao ladrão que não subiu com Jesus depois de morto crucificado. O argumento é o seguinte: o ladrão que não subiu com Jesus estava amargurado porque havia sido condenado por um furto abobalhado. Sua mágoa era com Barrabás, que incitava o povo à luta armada para derrubar o Interventor Romano Pôncio Pilatus. O famoso ladrão nem teve julgamento nem mesmo um advogado. Entrou no processo apenas para Jesus não morrer isolado. Barrabás era um guerrilheiro pelo povo consagrado. O ladrão esta amofinado: como um homem desta índole podia ser perdoado e usado como moeda de escambo para Cristo ser crucificado? E era inda mais amargurado, com a história de Judas que vendeu Jesus por trinta denaros. Ficou decepcionado porque, em moeda corrente, não dava para sequer comprar um deputado. Judas muito se arrependeu. E, segundo consta a lenda, se matou enforcando-se. Aqui há controvérsia, porque segundo outos relatos, enforcaram um outro pobre coitado. Judas mudou-se para Roma e entrou direto no Senado. Nome romano adaptado: Justus Justissimus. O fim da história todo mundo sabe. Enviaram 100 batalhões romanos para massacrar aquele povo rebelado (diáspora). Jesus virou herói. Judas possui o nome cagado e Barrabás sequer é lembrado. Pôncio Pilatos lavou as mãos e ainda hoje é respeitado. Faz sentido.

(*) Mèdico cardiologista, professor universitário e dirigente do PPS