Levy Cardoso, vivinho aos107 anos de idade (3 de 3)

Os diversos tempos do último marechal vivo das Forças Armadas do Brasil

O início de tudo
Filho de uma judia de origem argelina e de pai descendente de portugueses, Waldemar Levy Cardoso ingressou na vida militar em 1914, no Colégio Militar de Barbacena. Saiu de lá em 1918, aos dezessete anos de idade, como Coronel-Aluno, por ter sido o primeiro aluno da turma.

Anos 20
Em 1921 tornou-se Aspirante-a-oficial da arma de Artilharia. Sua primeira unidade foi o então 4º Regimento de Artilharia Montado (4º. RAM), situado em Itu. Em 1924 envolveu-se na revolta contra Artur Bernardes, quando foi preso e condenado a dois anos de prisão. Depois de cumprir a pena, o Supremo Tribunal Federal reviu seu caso e o condenou a mais três anos de detenção. Waldemar fugiu da pena e passou alguns anos escondido em Paranaguá, usando nome falso.


Anos 30
Anistiado, envolveu-se na Revolução de 30, já como tenente. Foi então promovido a capitão. Em fevereiro de 1935, matriculou-se na Escola do Estado-Maior, no Rio de Janeiro, concluindo o curso em dezembro de 1937.

Anos 40
Em 1944, como tenente-coronel, seguiu com a Força Expedicionária Brasileira para a Itália, para lutar na Segunda Guerra Mundial. Participou da Batalha de Monte Castelo ao lado das tropas estadunidenses. Após a volta da guerra, Levy Cardoso permaneceu na ativa do Exército.

Anos 50
Em 1951, foi enviado para a Europa como adido militar às embaixadas do Brasil na França e na Espanha. Retornando ao Brasil em 1953, foi comandar o 2º Regimento de Obuses 105 (Regimento Deodoro) em Itu, onde permaneceu até ser promovido a general-de-brigada. Em 1957, foi nomeado para a chefia do gabinete do ministro da Guerra, general Henrique Teixeira Lott.

Anos 60
Após a Revolução de 1964, assumiu a chefia do Departamento de Provisão Geral(DPG) do Exército. Passou para a reserva em 1966, com a patente de marechal. Em abril de 1967, foi nomeado presidente do Conselho Nacional do Petróleo, cargo que manteve até março de 1969, quando assumiu a presidência da Petrobras. Deixou a presidência em 30 de outubro de 1969.

Anos 70
Entre 1971 e 1985, foi conselheiro da Petrobras.

E de lá para cá, novo século e muitas homenagens
O Marechal Levy Cardoso, por ser o mais antigo militar combatente da Segunda Guerra, detém o bastão de comando da Força Expedicionária Brasileira. Por isso e pelos feitos, recebe juitas homenagens. Em 2003, por exemplo, nos 50 anos de criação da Petrobras, foi uma das estrelas na festa de todos os presidentes da estatal na sede da empresa, na Av. Chile, Largo da Carioca, Rio de Janeiro. No dia 19 de janeiro de 2008, já com 107 anos, o marechal (foto recente acima) esteve presente à cerimônia comemorativa dos 90 anos do Regimento Deodoro, hoje denominado 2º Grupo de Artilharia de Campanha Leve, unidade que comandou nos anos 50.

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