quinta-feira, 16 de julho de 2009

Estádio Kaohsiung aberto: mais barato e melhor do que a Cidade da Música de Cesar Maia - Fotos e video


Não tem kaô no Kaoshiung
Por Alfredo Herkenhoff

Com a Sétima de Beethoven executada pela Sinfônica de Pittsburgh, com o Coro da Ópera da Viena, com música de Tchaikowsky, os herdeiros de Chiang Kai Chek entregaram ao planeta o Estádio Kaohsiung, o primeiro ecologicamente correto do Mundo.

A festa da inauguração em Taiwan dos Jogos Mundiais (Word Games) é um momento especial na vida do arquiteto japonês Toyo Ito, autor do projeto do Estádio que, em forma de serpente, tem 55 mil lugares e 40 mil painéis de energia solar, o que gera 75 % das necessidades da própria praça esportiva.

O custo? Bem, só para dar inveja, foi menor do que o do inacabado projeto Cidade da Música, que o ex-prefeito César Maia, no Rio de Janeiro, tentou inaugurar. Custou apenas 200 milhões de dólares, reunindo arrojo, simplicidade e transparência na gestão da obra.



Os Jogos Mundiais, que vão até 27 de julho, recebem cerca de 4.800 atletas de vários países para competir em modalidades ainda não aceitas oficialmente nas Olimpíadas.

Em sua oitava edição, os Jogos Mundiais, criados em 1981, apresentam umas três dezenas de modalidades, entre elas, esportes radicais como skate. Os Jogos Mundiais são realizados no ano subsequente aos Jogos Olímpicos. E como em 2008 estes foram realizados em Pequim, os chineses de Taipé estão bem preparados para responder à altura com muito empenho e tecnologia.

Nunca é demais lembrar que a China comunista nunca aceitou a independência da ilha, sustentada militarmente por Washington. Mas Formosa é uma futura grande Hong Kong. Pequim, mesmo sabendo que, militarmente, poderia anexá-la em meia hora, ou dois dias, além de uma subsequente Terceira Guerra Mundial, apenas espera que um acordo possa reduzir o status de independência de uma nação nascida da fuga de um general perseguido por Mao.

Para saber mais sobre o arquiteto Toyo Ito, continue nesta pista do nosso Correio da Lapa que, dias atrás, postou ampla reportagem do jornal The New York Times (traduzida aqui para o nosso português ruim). É só correr o mouse ou o cursor que está tudo um metro mais abaixo.
Por Alfredo Herkenhoff