terça-feira, 8 de setembro de 2009

Armas francesas, inclusão social e sucessão de Lula

Parte da imprensa tupiniquim, com uma possível queda para a candidatura do governador José Serra contra a ministra Dilma Roussef, ou pelo menos com bons olhos para uma disputa renhida entre tucanos e petistas, vai apontar que o contrato dos presidentes Lula e Sarkozy é bilionário e que o Brasil não precisa de armas tão sofisticadas da França, mas sim de justiça social e tal. Pouco importa.

(Na foto, a mulher de Sarkozy, a modelo, cantora e tabagista Carla Bruni)

Transferência de tecnologia, construção de aviões de transporte de tropas, helicópteros top de linha e até submarino nuclear... Tudo isso gera renda e inclusão social. E vai impor mais respeito em certos vizinhos, notadamente três: o bispo comilão Lugo das Paraguaias, Chávez Colorado e Evo Morales Moralito.

A questão em jogo parece mais guerra de mídia do que luta por territórios na Amazõnia Ilegal, infestada de mosquitos da malária, índios com garantias do Supremo Tribunal, ecologistas radicais e ongs de todo tipo, muitas ongs. Só quem aguenta segurar esse tranco são os excluídos da sociedade, os garimpeiros e os fazendeiros, todos destituídos da sorte no Sul e Nordeste e que migram para o Inferno Verde com disposição para botar fogo de verdade nessa maravilha da natureza.

Helicópteros, eis o X da questão. Se os adversários de Dilma Rousseff tiverem juízo, comecem a gritar: 50 helicópteros da França são pouca coisa. O Brasil precisa de muito mais. Só Marina Silva na Presidência precisaria de uns 25 aparelhos adicionais para fazer frente ao desmatamento. Serra faria bom uso de uns 70 a mais apenas para mostrar a pujança industrial do alto. Ciro Gomes precisaria de uns 90 helicópteros só para socorrer flagelados sem água nem hospitais.

Por Aflredo Herkenhoff

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