quarta-feira, 22 de julho de 2009

Cracolândia! Novo bordão, já extinto, é “Sarney dentro”


E diante da bomba que o Estadão mandou na edição de hoje, o Correio da Lapa, de forma nada solene, lança uma campanha que começa aqui e acaba agora: se for para o bem geral da comoção nacional, internautas do Brasil, em vez de “fora Sarney”, vamos gritar: “Sarney dentro”, dentro da cadeia dentada do Poder, este polvo traiçoeiro. Deixar Sarney lá em paz, enfraquecido, magoado, humilhado, avexado, espezinhado, torturado senão por culpas, por denúncias e por denuncismo, mas marcado para sempre pelo ferro em brasa das manchetes e gravações dos policiais federais.

Apesar de tudo isso, já dentro, Sarney estará feliz como o mais pobre dos reis ingleses, o Rei Joãozinho, cercado de barões poderosos que, não podendo derrotar uns aos outros, se fiaram no débil para escrever a mais forte e mais antiga Carta Magna entre as democracias ocidentais.

E assim talvez o presidente do Congresso, terceiro na linha de sucessão de Lula, possa ajudar, na fraqueza, a desvendar o vigor da teia, puxar o fio do novelo, e assim entrar para a história, um sofrimento a mais, mas entrar, e logo ele, perto da quinta (idade, nada de bens secretos em Portugal), logo ele que talvez pensasse que já tinha chegado lá, ao ponto mais alto da biografia oficial.

Talvez, com a campanha “Dentro”, Sarney se sinta motivado a abrir o jogo do pizzaiolo, exibindo o voto que vale mais: o voto verdadeiro para desmascarar essas mumunhas gerais que não salvaram o Maranhão Nacional e não vão salvar o resto do Brasil Maranhense se tudo terminar mesmo em mais uma pizza.

Não importa a campanha natimorta, o Correio da Lapa concorda com o que disse Lula hoje ao Ministério Público: sejamos rigorosos e neutros sim, nada de condenação prévia: apurar sem que nenhum alfinete político atrapalhe o curso da curiosidade nacional. Lula voltou a incensar a importância da biografia de Sarney, mas deu um passo adiante: se tiver que atropelar mais um, atropela. Atropelou o amigo confidente José Dirceu, ora Sarney... Quem vem lá?