terça-feira, 29 de março de 2011

Hospital público no país do Carnaval: fracasso da democracia

Hospitais
dos
Impostos!

Péssimo
atendimento

do
Arroio
ao
Chuí



CRONIQUETA DE UMA RAIVA SÚBITA

O Poder Público
Humilha o Povo

O pior da democracia desde o fim com o general Figueiredo, sem exceção: de Sarney, Collor, Itamar, FH a Lula, e já quase Dilma, é uma dobradinha infalível da falência pública: Educação e Saúde. Hospital de Bonsucesso? Péssimo Fracasso! Ricos vão para hospitais de ricos. Filhos de ricos vão para universidades federais. Os filhos de pobres vão ficar sempre assim: só a morte socializa os brasileiros. Por isso somos campeões em taxa pro rata homicídio/dia, campeões em termos mundiais. Homicídios à base de tiros, facadas, cachaça e outras drogas. Homicídio à base de selvageria no trânsito embriagado. A Lei Seca só pegou no Rio de Janeiro, que agora quer pegar bicheiros, meros apontadores nas ruas. Mas a fórmula não pode ser mágica como parece sonhar ainda a Administração do prefeito Eduardo Paes. O Cordão da Bola Preta, por exemplo: se em vez de dos 2 milhões de foliões, como disseram as próprias autoridades, houvera apenas 500 mil na Av. Rio Branco, ainda assim seria público equivalente a cinco cidades de 100 mil habitantes. E todo mundo brincando, bebendo latinhas de refrigerante e cerveja. Haverá banheiro para tanta gente? Nem que a indústria emergente dos banheiros químicos explodisse, nem que vá às alturas com super demanda até 2014 ou 2016, seria possível dar Alfredo para tanta graça. A única solução seria o poder público operar numa sinergia com os donos de bares e restaurantes da Centro da cidade, todos abertos nos três dias de folia. Teriam claro de ganhar do prefeito Eduardo Paes alguma compensação para perder a festa e trabalhar para que o Carnaval seja ainda melhor. Mas prender mijão não obsceno, não. A adesão da Rede Globo à campanha de humilhação e detenção não foi bacana. Claro, há exagero de alguns urineiros, educação sim, mas até as campanhas profiláticas exigem compostura, civilidade. Quero ver alguém achar engraçado o prefeito, ou o gerente, o presidente ou o inteligente internado no Hospital de Bonsucesso. No Samaritano é mole, ali morrem ou sobrevivem os poderosos e famosos: de Rubem Braga a Mário Henrique Simonsen, de Figueiredo a Chico Anysio. O povo, ora bolas, o povo sabe que no fim todo mundo é igual na horizontal. Por isso temos essa sofreguidão, e vamos que vamos com samba, suor, cerveja e cinismo, e seja o que Deus Quiser. (Por Alfredo Herkenhoff)