segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Cielo, candidato a mito esportivo internacional






Campeão olímpico e mundial, nadador a caminho

de se tornar uma referência no esporte

Deu no Estado de S. Paulo

Por Wilson Baldini Jr.

César Cielo é o mais novo candidato a mito no esporte brasileiro. Com conquistas mundiais e olímpicas, o nadador de Santa Bárbara d?Oeste aos 22 anos se aproxima de atingir o status de referência nacional, que poucos alcançaram com suas proezas em piscinas, quadras, pistas e campos pelo mundo.

No futebol, Pelé é inquestionavelmente o maior nome de todos. Garrincha, com seu enorme talento e carisma, também ocupa lugar de destaque. Centenas de nomes poderiam ser lembrados pelos torcedores de cada clube, mas teriam valor sentimental. Ambos, porém, são gênios inquestionáveis.

Ayrton Senna tem lugar reservado no coração dos brasileiros pelos três títulos mundiais na Fórmula 1, mas também pelo fato de ter morrido jovem e no auge da carreira. Nelson Piquet, outro tricampeão, e Emerson Fittipaldi, com seu pioneirismo e competência, também são mitos nacionais.


No atletismo, Adhemar Ferreira da Silva (foto), bicampeão olímpico do salto triplo, é uma lenda. Em Roma/1960, os italianos o aplaudiram tanto que deu a volta por todo estádio, dando origem ao termo ?volta olímpica?. João Carlos de Oliveira, o João do Pulo, foi o sucessor de Adhemar, com recorde mundial (no México) e medalhas olímpicas em Montreal e Moscou.

Maria Esther Bueno (foto de 1960) e Gustavo Kuerten levaram os torcedores ingleses de Wimbledon e os franceses de Roland Garros, respectivamente, ao êxtase, o que os coloca como os maiores ídolos do tênis brasileiro. A mira infalível de Amaury, Wlamir, Oscar, Hortência e Paula garantiu o basquete nos pódios das maiores competições. Eder Jofre parou de lutar há 33 anos, mas não perdeu o título de "Galo de Ouro" pelas vitórias de 1960 a 1965. Ainda foi campeão dos leves, em 1973.

No judô, esporte com berço no Japão, Aurélio Miguel, campeão olímpico em Seul/1988, foi o primeiro ocidental a estar na lista dos 50 melhores de todos os tempos. O xadrez brasileiro ainda não viu um jogador melhor que Henrique Mecking, o Mequinho. Teve seu auge em 1977, quando foi o terceiro do mundo, superado por Anatoly Karpov e Viktor Korchnoi.

Robert Scheidt e Torben Grael são garantia de conquistas em Mundiais e Olimpíadas para o iatismo. Na natação, Maria Lenk e Ricardo Prado brilharam antes de Cielo. O jovem paulista está no caminho da fama. Talento e carisma tem. Talvez dependa apenas do tempo.

(Nota do blogue-jornal: as imagens foram adicionadas pr CDL via Google...)