quarta-feira, 15 de abril de 2009

Pirataria na Somália está longe de acabar

Piratas da Somália tem foguetes como este RPG, uma espécie de granada que se lança com um fuzil e que pode destruir até um tanque, que dirá um navio cargueiro, manso, desarmado, solitário e sem proteção


Com a instabilidade em terra, somalis se firmam na pirataria em alto-mar

Navios de guerra da Aliança Atlântica, com helicópteros de última geração, patrulham as águas do Oceano Índico para coibir a ação dos piratas tribais da Somália, armados com lanchas rápidas, fuzis kalashnikov e foguetes rpg. O esforço tem fracassado, aguçando a ira dos piratas. Com isso sobem os preços das apólices de seguros dos barcos mercantes trafegando com todo tipo de carga entre a Europa e Ásia.

Segundo analistas ouvidos pela agência de notícias Reuters, enquanto não houver estabilidade política na Somália em terra, os piratas vão continuar a agir nos mares. "A atividade de piratas é muito mais complexa do que qualquer patrulha naval", afirmou o J. Peter Pham, da Universidade de Madison, nos EUA. "Será necessário mais do que apenas a aplicação da força para exterminar a ação de piratas no solo da Somália."

Há o temor de que as operações militares empreendidas por Washington e Paris, para libertar reféns, possam causar uma carnificina num futuro próximo. Os piratas juraram vingança contra cidadãos americanos e franceses.

Sempre de acordo com a Reuters, até agora, os piratas têm tratado bem os reféns na esperança de conseguir vultosos resgates. Muitos jovens somalis, pobres e desempregados, consideram as milícias como uma alternativa de vida na Somália. Faltando comida e paz e sobrando armas de guerra, os pobres piratas buscam a vida no mar, como predadores do comércio entre as nações.
A maioria dessas gangues tem suas sedes em pequenas cidades na costa da Somália, como Eyl, Hobyo e Haradheere.

Em 2008, os piratas ganharam as manchetes pelo maior sequestro marítimo da história: um petroleiro saudita carregando mais de 100 milhões de dólares em petróleo. Mas, longe dos holofotes mundiais, eles atacam navios mercantes há anos.