sábado, 30 de maio de 2009

O que não se diz numa transa: conteúdo impróprio


Sexo explícito, sexo e divórcio confuso, sexo e reencontro, sexo explosivo, homem e mulher que se dão bem em mais um simples caso de amor complexo. Sexo mental faz o sexo físico ficar mais físico?

Blablablá.

Tarada, você me desequilibra, perco peso, desapareço dentro de você. Tarada, você quer o que mais não tenho, tenho apenas excessos, tamanhos que se potencializam e que você explora menos ou mais. O meu desejo é pendente de você. Tarada, sua vagina parece a boca de um peixe, meu pênis, um anzol que se fisga lacrado numa gostosa sobremesa. Tarada, seu peso de nuvem é a temperatura máxima de uma harmonia singela. Tarada, pelos sete buracos da sua cabeça intrometo a minha carta de tarô, meu sonho em forma de esperança na sua sorte grande. Tarada, você me faz deslizar como ungüento ou manteiga, nossos suores sempre bons humores, nossos licores explícitos como cúmplices de mais uma trepada. Tarada, meu poço de esperma, minha saudade eterna, minha estrela iluminando o céu da cama. Tarada, parada, mortinha, um calor vulcânico atraindo a minha nossa erupção. Tarada, agora adormeceu, mas não pego no sono, sonho acordado a hora de revelar, de novo acordada, que esperei o tempo todo por mais uma. Tarada, coitadinha, me dá tanto prazer e ainda assim sofro por não te comido mais antes e por saber que não comerei para sempre depois. Tarada. Vivamos e deixemos viver. O mundo merece paz, esta paz que celebramos com o amor que nos encerra em quatro paredes. E nos dias de carnaval, ao contrário dos que aproveitam a temporada da interdição-zero para tentar ganhar alguém, não inovamos nada, mantemos o mesmo ritmo das quatro estações. Rosa dos ventos, gruta matuta, biruta de puta, roskoff na hora certa com o ponteiro do destino, luz de escato abrindo a pista para o risco do fogo fátuo, o triscar de fantasia na Rabolândia da High-lândia sob o cavaleiro montanhês. Ao abrigar o fogo amigo, levou consigo a luz que eu trazia para iluminar o espaço quando fosse meu tempo de seguir o caminho até o lugar onde todo mundo vira mais uma estrela. Ao roubar a minha luz de luar, junto com o primeiro beijo meteórico, caiu em si, também caí, caímos como dois marmanjos na plena certeza de que devíamos ter caído antes. O vazio da queda, a imensidão das oportunidades perdidas, tudo ínfimo perto do reencontro, do estrondoso choque de afeto verdadeiro. Tarada, nunca mais me deixe em paz. Se vivo ainda estou é por causa do seu frenesi, e em respeito às nossas transas a Morte ainda não está enchendo o nosso saco. Sexo, sexo, êxtase, dinâmica da estática, tática do quase-explode, do fode-mais, do maldito cigarrinho depois, do observar poros a milímetros do nariz, do passar as mãos pelas bochechas e nádegas dizendo em silêncio que age assim apenas pelo milenar sentimento de desejo. Caraca, que mulher tarada. Onde fui amarrar meu pênis. Onde fui que nem sei onde estou? Apenas escrevo na pausa da balança, na anca nua a zero centímetro de mim. Potranca, égua favorita do meu faraó, meu pequeno piru atômico com fome nuclear de você, suas profundezas mentais, abissais na epiderme. Pensar que brigamos, nem imagino como valorizou desavença. Não tenho nada, apenas esta paixão sem posse, como simples amantes que agora somos. Mudou o nosso status, mas na cama, tudo igual. Um dia você finge que é puta e eu brinco de Rei do Egito. Noutro você é Cleópatra e sou a cobra, a mais vegetal das injeções letais. Espirro esporro... E o seu sorriso culminante é indescritível. Mais uma quarta-feira se vai. O que fazemos agora? Vamos correndo ao cartório antes que feche? Vamos regulamentar a nossa situação? E logo mais à noite, vamos ao Maracanã? Prefere dar tempo ao tempo e prolongar a brincadeira? Fique tranqüila que a lua de mel não terá fim, não tem mesmo objetivo claro, apenas existe porque é natural existir. Sexo, como a coisa mais antiga do universo darwiniano, nos faz felizes. Foi bom pra você?