sábado, 14 de maio de 2011

MIT. Art & Brazil

Está procurando um diretor o Centro de Arte Visuais List, do famoso MIT. Esta usina de tecnologia, engenharia e conhecimento de ponta é uma das instituições universitárias mais ricas do mundo, recordista em prêmios Nobel quando se trata de Física e outras exatidões. O List, museu sobre o qual nada sei, diz que foca interesse em artes experimentais e contemporâneas. Ai eu fico matutando: será que Paulo Herkenhoff seria um bom candidato? Já dirigiu o MAM e bateu de frente com Dr. Brito do JB. Dirigiu os primórdios da Fundação Eva Klabin, mas saiu requisitado para ser o primeiro não paulista a dirigir a Bienal, aquela da antropofagia, reconhecida pela fina flor da lira paulistana como uma das melhores de todos os tempos. Paulo foi diretor do MoMa, NY. Enjoou do academicismo tradiconalista do mega museu, de onde saiu quando a direção insistia para que ele renovasse o contrato de três anos para um segundo de oito anos, com direito a green card e mordomias em Manhattan. Apaixonado pelo Rio de Janeiro, dirigiu abnegadamente o Museu Nacional de Belas Artes, lá entrando quando aquilo estava prestes a sofrer um incêndio. Ganhava menos do que a sua secretaria. Coisa de 3 ou 4 mil reais. Saiu por burocracia restritiva do PT, aparelhando tudo, mas em dois anos Paulo Herkenhoff se tornou a personalidade que mais conseguiu doações de obras para a centenária instituição na Av. Rio Branco. Agora Paulo, entre uma atividade curatorial pontual e outras, em algumas capitais brasileiras, exerce ainda um papel essencial à frente da equipe que organiza o gigantesco legado da recém-falecida Louise Bourgeois. Só duas pessoas não pertencentes à família daquela que foi a maior escultura do Século XX participaram do funeral da mais nova-yorquina das francesas, amiga de Picasso.
Mas será que Paulo Herkenhoff aceitaria viver às margens científicas do milionário MIT se fosse convidado? Será que o convidariam? O Centro List diz que o diretor deve ser um bom advogado. Paulo Herkenhoff foi o melhor aluno de Direito da PUC, do tempo de Joaquim Falcão, este o melhor diretor a passar pela Fundação Roberto Marinho. Pós-graduação? Paulo Herkenhoff é Phd em Direito Internacional pela Universidade de Columbia, NY. Trabalhou com Aluizio Magalhães quando este desginer, com as artes, estava ajudando a sepultar a ditadura - AM dentro dela, com aquele Ludwig - em seus estertores. Ah! Paulo Herkenhoff não vai gostar nada disso quando souber que pincelei aqui no Facebook um resumo de sua saga e seu trabalho pela cultura do Brasil e, em especial, do Rio de Janeiro. Provavelmente eu disse aqui muita coisa se não errada, incorreta. Mas tenho minhas fontes. Ah! Quase me esquecia: muitos dos principais artistas nos cinco continentes enviam apelos sedutores a Paulo Herkenhoff com convites para curadoria de exposições e produção de catalog raisonné. Ele não dá conta nem de responder a todos com um simples não, muito obrigado.