segunda-feira, 29 de junho de 2009

Honduras no caos - Cassações no Brasil não são golpe como em Tegucigalpa. Ver Correio da Lapa

O ex-presidente brasileiro Fernando Collor de Mello foi eleito pelo povo e retirado do poder por canais institucionais. Mas com votações e prazos, com recursos jurídicos e tititi. O governador Cassio Cunha Lima foi eleito pelo povo da Paraíba e retirado do poder pelos canais institucionais da lei brasileira, primeiro pelo STE e depois pelo Supremo. Do mesmo modo, Jackson Lago foi eleito pelo povo do Maranhão e retirado do poder de São Luís pelos canais do Judiciário.

Muita gente não concordou com essas cassações. A senadora Roseane Sarney moveu ação contra Lago e ganhou a parada. E graças ao segundo lugar que conseguira na eleição, a filha do ex-Sarney voltou ao goveno de São Luís, ganhou um ano e meio de gorjeta eleitoral, ou moeda mandatária, enfim, indenização política com o aval dos 11 votantes do Supremo.

Mas tudo isso rolou com respeito a ritos e prazos, sem quebra institucional como parece o caso em Honduras, em que um presidente, Manuel Zelaya, cai na calada da noite de um sábado para domingo. E surge um outro, Roberto Micheletti, assim tudo num passe de mágica, trágica.