Esse estalinho do beijo me irrita.
O que eles falam não se deve nem ouvir.
Esses dois podiam ser mais reservados.
Que troço chato, que música chata, quero voltar pra casa.
Estou tapando os meus ouvidos porque não quero ouvir um montão de gente falando de mim.
Essas flores cheiram mal.
Vovó disse que tem 3 mil pessoas enterradas aqui. Esse casamento então é num cemitério? Meu Deus! Fantasmas. Eu não quero ouvir, sai pra lá, Shakespeare.
Me leve de volta pro maternal.
Ela virou princesa, eu não quero virar sapo.
Se é pra falar agora ou calar pra sempre, prefiro não ouvir o que estou ouvindo lá no fundo de mim mesma.
Caraca, isso ainda vai demorar muito?
Dama de honra igualzinha tem muita, eu gosto é da câmera. Eu não gosto da Band, eu quero é a Globo.
Eu tapo o ouvido, não escuto ninguém e roubo a festa. Aprendi. Eu gosto é da câmera.
Pronto, botei a mão na cabeça. Já fiz o que James pediu pra eu fazer na hora do beijo. Quero ver agora se ele vai me dar o lanche dele na escola segunda-feira.
Quero que vocês dois se fodam.
Puta que pariu. Bebi muito ontem à noite.
Caraca! O príncipe já está careca
A safada ficou com o meu cara.
Meninos, é bom ficar de olho aí.
Os dois podiam ser mais discretos.
Estou com fome. Quero leite.
Que saco! Que casamento mais enjoado!
Esses dois vão ficar nessa o tempo todo?
Essa igreja tem muito eco.
Eu queria estar na minha casa vendo Rebecca Black cantando com Justin Bieber.
Estou com fome, eu assumo: uma pipoca me sacode. Quero um croquete com maionese.
Que zumbido é esse no meu ouvido?
(Por Alfredo Herkenhoff, Correio da Lapa, Rio de Janeiro, com Huffington Post)