domingo, 16 de agosto de 2009

Navio sequestrado na Europa estaria na costa da África

Resgate de 1 milhão e meio de dólares! Uma pechincha!

Deu no Jornal de Notícias, de Portugal, na manhã deste domingo, 16 de agosto de 2009:

O pedido de resgate recebido pelo proprietário do cargueiro Arctic Sea, localizado ao largo de Cabo Verde duas semanas após ter desaparecido, tem um valor de 1,5 milhões de dólares.

Sem citar uma fonte precisa e munindo-se de linguagem cautelosa, o jornal alemão Financial Times Deutschland online indica: "uma informação segundo a qual o montante [do resgate pedido] se eleva a 1,5 milhões de dólares (cerca de um milhão de euros) foi confirmada com reservas".

"Entre os observadores, uma tal situação é considerada aberrante, devido à irrelevância do montante exigido para um caso deste tipo", acrescenta imediatamente o diário, na sua edição electrónica, que não especifica se o resgate serviria para libertar a tripulação russa ou também o cargueiro.

Durante a tarde de sábado, o chefe do Gabinete Nacional de Investigação da polícia finlandesa, Jan Nyholm, confirmou que "um pedido de resgate, isto é, de dinheiro, foi enviado à empresa proprietária do navio, Sol Chart Management, na Finlândia".

Partido da Finlândia a 23 de Julho com destino à Argélia, transportando oficialmente um carregamento de madeira com um valor aproximado de um milhão de euros, o Arctic Sea deixou de comunicar com as autoridades depois da passagem, uma semana depois, ao largo de Ouessant, oeste de França.

Uma fonte militar da Guarda Costeira cabo-verdiana anunciou na sexta-feira que o navio tinha sido detectado "a cerca de 400 milhas marítimas (740 quilómetros) de uma das ilhas de Cabo Verde".

Com uma semana de atraso, a polícia sueca deu conta, a 30 de Julho, de um ataque ao Arctic Sea no Mar Báltico, na noite da sua partida, por homens mascarados que se apresentaram como polícias à procura de droga e que terão abandonado o barco ao fim de algumas horas.

Mas a Comissão Europeia referiu-se, na sexta-feira, a um segundo ataque, em data que não precisou, "ao largo de Portugal", que não terá tido "nada que ver com actos de pirataria tradicional ou ataque armado em pleno mar".