Brasil de palavrões e palavras dífíceis, Passarela da Safadeza. Brasil do não falo jamais de Noruega. Brasil do carro na calçada. Brasil das celebridades sem culpa nenhuma, como se fossem vitimas das próprias overdoses de exposição na mídia. Brasil do não falo de Oslo. Brasil do crítico que não obedece nem a si próprio, nem às comezinhas normas da inventividade. Brasil da regra é clara apenas para os outros. Brasil de quem tem uma vida pela frente e se lixa para quem não tem nenhuma vida nem para trás. Brasil que procura uma Medicina que transforme tudo o que de ruim aqui se sentiu em mais uma pílula salvadora da pátria. Brasil das pessoas mais queridas, pessoas que procriam só depois que curtiram o prazer do sexo. Brasil em que as pessoas nascem como os próprios pais, irresponsavelmente, apenas instintos, animalidade, exuberância de flora e fauna numa plástica de gineceu.