Arte e Heidegger (foto)
Em Arte o pensamento de Heidegger, a professora Acylene Maria Cabral Ferreira, da Universidade Federal da Bahia, afirma:
Pensar sobre o tema da arte implica, entre outras coisas, a reflexão sobre a obra de arte, sobre o que a caracteriza como obra de arte, sua proveniência, mistério e beleza, sobre a criação, o artista e o artístico. Heidegger refletiu sobre essas questões, sobretudo, em seu texto A origem da obra de arte, e mostrou que a reflexão filosófica sobre o caráter de arte da obra implica, antes, o estabelecimento de correlação entre arte e verdade, pois, para ele, é próprio da arte comunicar modos de ser do mundo e do homem como expressão de acontecimento da verdade do ser e do ente. Nessa perspectiva, a arte encontra-se, intrinsecamente, relacionada com a ontologia. (...)
Em Do moderno ao contemporâneo, Celso Fernando Favaretto, professor da Universidade de São Paulo, diz lá pelas tantas:
O obstinado trabalho as vanguardas desenvolveu operações que atingiram a imagem da arte, a atitude dos artistas e o sistema da arte, produzindo alternações significativas na produção e na recepção. Ao enfatizar os projetos de ruptura, principalmente o de superação do que julgavam ser a concepção idealizada da arte, as vanguardas efetivaram a reflexividade, o procedimento conceitual, como seu princípio básico. Esta consciência de si, reflexiva das condições da arte, identifica o processo de autonomização da arte moderna com o próprio desenvolvimento da história da arte. (...)
Chega de junta-junta. Vários autores do livro não puderam ser citados por mera questão espacial. Mas fica aqui, em homenagem a tantos pensadores ausentes, a menção especial de um nome querido: Virgínia Araújo Figueiredo, a mulher que mais entende de Kant no Brasil (Compilação por Alfredo Herkenhoff)