Colegas de aventura no JB e de leituras emocionais
Uma festa carioquésima pra todo mundo que, tendo partido ou não, se comprometa a comemorar a democracia apartidariamente, todo mundo que queira dançar e descobrir como a Lapa vale a pena numa sexta-feira, esta próxima, dia 1º de outubro, alta confraternização, o Bailão da Democracia, o limiar entre o instant movie e o jornalismo digital, ou o documentário digital, esta faceta do cinema em que o roteiro perde, muitas vezes, o sentido original diante do processo de filmagem em tempo real, de surpresas não ficcionais... Mas as performances da festa não vão atrapalhar o lado dancing do encontro... Boate? Ou Restaurante Capelinha? Capelão, Av. Mem de Sá, a partir das 20h, com imagens do engenheiro cinéfilo Antônio Carlos Siqueira, hoje à frente da TV Mangueira, a Estação Primeira na Internet em tempo real, e ainda visuais da Bienal de SP recém-inaugurada numa montagem de João Sabóia, que também documentou lembranças do adeus ao JB impresso, fora das bancas desde 1º de setembro. Além dos abraços, a "missa" de 30 dias dançante do jornal-escola. Agende-se. A entrada é praticamente de graça: apenas dez reais até meia-noite. Depois, pula para 15 ou 20 pratas. É para pagar telão, projetor, dez caixas de som, luzes de pista, carrapetas para craques como o DJ Dom Carlos... Haverá compensações.... Sorteios de seis exemplares do livro JB – Memórias de um Secretário – Pautas e Fontes. Vale a pena reservar o direito ao conforto e às emoções... O precinho lá dentro é até meio salgado, mas o bolinho de bacalhau é ótimo... E numa festa assim, tão especial, o DJ vai musicar conforme a vibração da galera. Táxis em profusão, a 20 metros da porta do Capela. Segurança total. A Lapa nos espera numa festa juntando elegância e descontração. É bom ir de táxi acompanhado e voltar melhor ainda.
Abração à Família JB e à galera animada que esquenta os dias de hoje e as noites cariocas.
terça-feira, 28 de setembro de 2010
segunda-feira, 20 de setembro de 2010
Radio Mec: Nilo Dante, Cadu Freitas e Herkenhoff: queda de jornais
Áudio com bate-papo sobre o desabamento na circulação dos grandes jornais do país ao longo das últimas décadas, programa ao vivo em 20 de setembro de 2010:
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quinta-feira, 16 de setembro de 2010
A ressureição do Flamengo e a morte de Deni de Lima:
Depois de vender oito exemplares ontem do meu livro "JB – Memórias de um secretário, Pautas e Fontes" (só o colega Coriolano Gatto me comprou cinco, um autografado), decidi fazer uma coisa diferente além de xingar Zico e pedir que o Galinho vá pro Vasco, Fluzão ou Fogão. Fui ao Bar da Feira e avisei ao dono: nada de cerveja: hoje não gasto nada aqui, mas é pra espantar Pai Mineiro e o urucubaca atribuída a Bruno e Eliza Samúdio. Fui ao Mercadinho da Rua Bambina e comprei um quilo de azeitona preta, grega, graúda, comprei duas garrafas de vinho - um português e um argentino. Comprei seis pães e uma pasta alouette de queijo e ervas finas a R$ 4,99. Voltei pro boteco em frente ao Hospital Samaritano. Disseram que tinha maionese no meio. A mesa de cinco colegas sorvendo cerveja adorou a fartura. Bebi garrafa e meia. E o Mengão ganhou. Todo mundo compreendeu que o vinho que só eu bebi tinha lavado a inhaca.
Não contente de todo, fui espairecer na Lapa. Já era uma da madrugada. E lá soube que tinha morrido o querido poeta mangueirense Deni de Lima, descendente do grande Osório, outro baluarte do Morro de Mangueira. Em Mangueira, quando morre um poeta.... Peguei mais um táxi e fui sozinho pra Visconde de Niterói. Ao lado da quadra, no Centro Cultural Cartola, reverenciei o grande pequeno Deni. Não vai mancar nunca mais. Estava sozinho num amplo salão, como um bom morto, extrema solidão. Apenas duas mulheres na vigília, sentadas, a 30 metros do caixão. As cumprimentei dizendo: eu precisava vê-lo. Deni, que sempre foi agitado, improvisava versos e fantasias, morreu de AVC aos 49 anos. Há uns dez, Zeca Pagodinho tentou salvá-lo, mandando-o a um spa para um “rehab”. Mas não adiantou. Deni não queria emplacar 50. Emplacou todas. Foi uma honra tê-lo conhecido. Em três ocasiões, um carnaval e duas feijoadas na quadra de teto retrátil, pude usufruir de uma poética rara, uma sensibilidade malandramente infantil.
Salve Deni! Viva Mangueira! Viva o Flamengo! Viva o Rio de Janeiro.
sábado, 11 de setembro de 2010
Entrevista com autor de JB - Memórias de um Secretário - Pautas e Fontes
O autor Alfredo Herkenhoff (à esquerda) com o articulista Wilson Figueiredo,
um emblema do melhor Jornal do Brasil
(Foto de Wladimir Wong, que também trabalhou na Avenida Brasil 500)
O livro Jornal do Brasil – Memórias de um secretário – Pautas e Fontes, de Alfredo Herkenhoff, foi lançado em 31 de agosto de 2010, data da última edição impressa do diário centenário, que desde 1º de setembro existe apenas em versão digital na internet. O livro, de 436 páginas, é uma edição autoral em parceria com a Talento & Expressão, empresa de comunicação e marketing do jornalista Fábio Lau. No lançamento para colegas da profissão, como aconteceu na Lapa, Rio de Janeiro, o exemplar foi comprado a R$ 40. Nas livrarias e bancas de jornal, o preço oscila entre RS 60 e R$ 70.
Que história é essa de livro instantâneo?
O livro é uma imitação de um jornal, desde a sua capa, quem tem o famoso L dos classificados que durante décadas marcou a primeira página do JB, também chamado Jornal da Condessa. Mas em vez de notícias recentes, Pautas e Fontes relata tempos de uma história centenária. O livro foi editado como um jornal: correria contra o relógio, tensões, troca de fotografias na última hora, risco e busca de qualidade de modo a servir também de pretexto para a confraternização no dia do adeus às bancas.
Com quem trabalhou?
Embora livro instantâneo, dois terços contemplam produção minha, solitária, em duas fases: meados dos anos 90 e entre 2004 e 2006. E a partir do anúncio do JB de adeus às bancas, em julho, esses guardados ressurgiram como uma oportunidade - muito por instigação de Fábio Lau. Nessa reta final, trabalhei direto com este colega no fechamento e na conceituação da edição, cortando e depurando textos antigos. E nas últimas três ou quatro semanas, trabalhamos direto no contato direto e ainda no telefone e no email para reunir depoimentos e selecionar manifestações de colegas sobre o fim do JB impresso em diversos meios, blogs, jornais, revistas, redes sociais.
Como você dividiu os capítulos?
Não dividi, não há propriamente capítulos. Há reflexões e noticias, algumas recentíssimas, outras do século 19. São cerca de 180 tópicos, reproduções, depoimentos antigos diversos. Exemplos: uma entrevista com a primeira condessa, a Regina Araújo Pereira Carneiro, a emoções recentes, como as de Wilson Figueiredo, ex-braço direito de Dr. Nascimento Brito (dono do JB), manifestando esperança de que a instituição sobreviva nessa fase 100% digital. O livro contém de reproduções de análises, como a de Alberto Dines estimando que o JB morreu sem epitáfio, a linhas chorosas, declarações de amor e saudades de dezenas de colegas. Mas também conto casos de barrigas (erros) e furos de reportagem. Casos acontecidos no JB e noutros jornais. O livro não trata o JB com vanglória, nem conta a sua história cronologicamente. São flashes, momentos pessoais, sofrimentos e rejúbilos, momentos históricos, edições extras, crises, greves, decadência. Este conjunto é permeado ainda de várias passagens de puro didatismo, livro para estudantes, assessores de comunicação e leitores em geral. Como um mosaico de uma redação, o livro faz homenagens especiais a grande nomes super premiados que passaram pelo JB, como os saudosos Oldemário Touguinhó, José Gonçalves Fontes e Araújo Neto, além de homenagens especiais aos fotógrafos vivos Evandro Teixeira e Nilton Claudino. E na última hora, pintou uma homenagem comovente a Tim Lopes: um texto que seu filho Bruno escreveu, lembrando da infância com o pai, escreveu agora em 21 de agosto. Fechamos o livro dia 22 e entregamos na segunda-feira no dia 23 de agosto.à Zit Gráfica e Editora, que prestou serviço apenas de impressão.
Por que decidiu fazer o livro? Há quanto tempo vem trabalhando nele?
Como já respondi, comecei há décadas e vi a oportunidade de concluir em semanas como um pretexto para reunir jornalistas que hoje atuam nos grandes meios de comunicação do Brasil. Eu já tinha experiência de livro instantâneo: Livro do Jobi (badalado bar, no Rio), que propiciou uma grande celebração da urbanidade no Leblon e levou aquele antigo boteco a se tornar um bistrô de luxo com preços proibitivos a muitos coleguinhas. O aspecto instantâneo de um livro é fórmula pouco explorada no Brasil e embute riscos e benefícios: uma publicação a jato é garantia de pequenas falhas, como as de digitação, com revisão apenas parcial sem tempo para pegar tantos descuidos, algumas falhas terríveis como datas e nomes, outras são mero exagero, mas, em contrapartida, edição instantânea é garantia de intensidade, emoção com legitimidade, livro que nasce com um marketing da comemoração em torno de uma data especial, ou de um acontecimento, bom ou ruim, mas que desperta grande interesse, seja histórico, seja social.
Entre as inúmeras histórias de bastidores do JB, quais você destacaria no livro?
O instante em que Pelé, de terno a gravata, abraça o repórter Oldemário Touguinhó totalmente nu, num quarto de hotel em Caracas. Rolou testemunha. O dia em que um executivo do jornal telefonou de um iate em Angra dizendo que o corpo de Ulisses Guimarães tinha sido encontrado e que o JB devia noticiar no segundo clichê na edição de domingo. O secretário Roberto Pimentel Ferreira se negou a inserir versão sem comprovação e foi aplaudido no dia seguinte. Mas na agência JB, uma repórter inexperiente (foca) acatou o furo do patrão e perdeu o emprego horas depois. Produzi, a partir de titititi de meus chefes, um diálogo que imaginei possível entre o gestor do JB e sua mais famosa colunista. Ele se surpreendendo com o pedido de demissão quando se preparava para dizer a ela que o salário seria cortado à metade.
Entre os depoimentos que você colheu, quais destacaria?
Há depoimentos pequenos e impactantes como o do jornalista e escritor João Máximo (autor da biografia de Noel Rosa), lembrando de um almoço com o correspondente Araújo Neto, em Roma, e dizendo que não consegue falar da morte do JB com bom humor. Há um texto denso de Nilo Dante (recordista em chefiar grandes jornais no país), que estuda a circulação dos principais diários desde meados dos anos 90, com queda generalizada. Este texto propicia reflexões sobre o futuro da mídia e do jornalismo digital a caminho da predominância nas próximas décadas.
Quantos anos você trabalhou no JB? Em que período?
Vinte anos em dois períodos. De 1981 a 1987. Fui redator internacional, secretário noturno, ou gráfico, copydesk da 1ª página etc. E de 1991 a 2005, secretário, chefe de reportagem, redator momentâneo em editorias de política, economia e esportes, em situações como Copa, eleições e pacotes anti-hiperinflação. Fui colunista do Caderno B em 2003 e depois por dois anos operei fora da redação, no marketing, editando cadernos especiais dos últimos grandes seminários promovidos pelo JB.
Como avalia o fim da venda do JB em bancas?
Num certo sentido, algo previsível, tiragem em queda livre.... 15 mil ao dia nos últimos meses, encalhe e falta de investimento em bons profissionais da reportagem. Vejo o caso com tristeza. Nos últimos anos, a saída de grandes nomes do JB, como Joaquim Ferreira dos Santos, Verissimo, Xexeo, Zuenir, Ancelmo e outros foi se dando passo a passo com um clima de morte anunciada no redação então apelidada de Titanic. Lembro que Carlos Drummond de Andrade dizia que não há nada mais triste ou melancólico do que a morte de um grande jornal. Ele se referia ao Correio da Manhã, que fechou em 1974 e onde trabalhou por quase 20 anos. Em seguida, o poeta trabalharia uma boa temporada no JB. Mas, a sentimento serve para qualquer grande jornal.
Qual a importância do JB para o jornalismo brasileiro?
O JB viveu seus anos dourados a partir de meados da década de 50 até meados dos anos 80. Uma de suas grandes marcas aconteceu no período ditatorial quando, a partir do AI5, em 1968, soube marcar posição pela redemocratização. A Maurina Dunshee de Abranches, segunda mulher do conde Ernesto Pereira Carneiro, promoveu uma revolução plástica no matutino a partir de 1956, abrigando os principais escritores e artistas do país em suas páginas.
Na sua opinião, o fim do JB nas bancas é um caso isolado ou uma tendência do jornalismo do futuro?
De junho de 2009 para cá, três jornais diários deixaram de ir às bancas: Tribuna da Imprensa, Gazeta Mercantil e JB. Não será isso uma tendência?
O que mais, Alfredo?
Conto casos de passagem envolvendo donos de jornais e chefes de redação. Mas nenhum deles denigre a honra de ninguém. O livro não é um ajuste de contas, não é nenhum Tribunal de Nuremberg da mídia carioca . O livro acima de tudo humaniza o trabalho em jornal.
E sua presença na PUC nesta segunda-feira, 13 de setembro de 2010?
Se deve a convite de professores com quem trabalhei no JB. Tenho um amor pelo Jornal do Brasil semelhante ao amor que tenho pela PUC, onde me formei em 1976. A propósito, eu queria pedir desculpas por ter permitido que uma frase saísse publicada na orelha deste Memórias de um Secretário - Pautas e Fontes. Está dito: a leitura deste livro vale mais do que um semestre em faculdade de Comunicação. Mas não é verdade. O exagero foi apenas uma ferramenta agressiva de marketing para destacar aspectos didáticos do livro. Em respeito a milhares de estudantes e professores, mil perdões, são falhas assim que tornam um livro instantâneo um ‘mal necessário’. Mas espero sim que o livro ajude universitários a pensar no rumo profissional que estão prestes a dar em suas vidas. Por isso estamos iniciando na PUC um ciclo de debates acadêmicos sobre mídia impressa, passado e futuro, havendo já quase dez encontros pré-agendados em outras faculdades do Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas e São Paulo. Talvez desses encontros surja alguma novidade editorial.
Fim
Segue a conta para depositar R$ 40 mais R$ 5 de tarifa de impresso... Em caso de envio por Sedex, depositar R$ 62 (ou R$ 40 mais R$ 22 de expedição e embalagem). Neste caso, o livro segue depressa e com autógrafo.
Fim
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PARA COMPRAR O LIVRO
Segue a conta para depositar R$ 40 mais R$ 5 de tarifa de impresso... Em caso de envio por Sedex, depositar R$ 62 (ou R$ 40 mais R$ 22 de expedição e embalagem). Neste caso, o livro segue depressa e com autógrafo.
Bradesco
Agência 2753
Conta poupança nº 1002113-8
Nome do correntista: Pinheiro Lau
CPF 826375717-72
Email para mandar aviso de depósito e endereço para remessa:
alfredoherkenhoff@gmail.com
quarta-feira, 8 de setembro de 2010
Emilia Silveira, Prêmio Esso no JB, por descoberta de criminoso nazista
(Foto by Wladimir Wong).
Na próxima 2-feira, 13 de setembro de 2010, três turmas de estudantes de Comunicação da PUC-RJ estarão reunidas para que eu e colegas professores palestremos sobre jornalismo impresso e novas midias digitais. De minha parte, informo que é o primeiro evento de um ciclo de quase dez já pré-agendados (SP, ES, MG) para bater papo, confratern...izar e vender o livro "JB - Memórias de um Secretário - Pautas e Fontes", lançado seis dias atrás no Capela, Lapa.
Na foto, à espera do autógrafo, Emília Silveira, baluarte estonteante do JB de Outrora, Prêmio Esso de Reportagem por descobrir, no Brasil, de um grupo de nazistas e entre eles um super criminoso de guerra - Gustav Franz Wagner - procurado internacionalmente. Obrigado, Emilia!
Relembrando o caso via Wikipedia rapidinho:
O criminoso era um guarda da SS alemã, conhecido como "Carniceiro de Subibor" (onde foram mortos mais de 200 mil judeus) que, fugindo da Alemanha no pós-Guerra, viajou para o Brasil e aqui morou ilegalmente, em São Paulo. Em 1978, Gustav Wagner é reconhecido, mas o governo brasileiro se recusou a extraditá-lo, mesmo com Alemanha, Áustria e Israel pedindo por sequestro e assassinato. Viveu no Brasil com o pseudônimo de Günther Mendel.
Imagerns de galera do JB: Ruth de Aquino e Luiz Morier
Duas belas feras do melhor jornalismo do país e figuras queridas do meu coração: a repórter e editora Ruth de Aquino e o fotógrafo super Prêmio Esso Luiz Morier... Obrigado pela presença e pelas boas memórias...
(Click by Wladimir Wong)
terça-feira, 7 de setembro de 2010
Paulo Herkenhoff no lançamento do livro Jornal do Brasil - Pautas e Fontes
Foto no lançamento do livro "Jornal do Brasil, Memórias de um Secretário, Pautas e Fontes": o crítico e curador Paulo Herkenhoff na fila para cumprimentar o autor, seu irmão Alfredo Herkenhoff. Click by Wladimir Wong, Capela, Lapa, em 31/08/2010.
Dono da Zit Gráfica na festa do livro JB - Memórias - Pautas e Fontes
O dono da Zit Gráfica e Editora Ltda, José Carlos Meneghetti, cumprimenta Alfredo Herkenhoff no lançamento do livro Jornal do Brasil - Memórias de um Secretário - Pautas e Fontes", no Capela, Lapa, Rio de Janeiro, em 31 de agosto de 2010. Na ocasião, o empresário, que apenas imprimiu o "instant book", previu o seguinte para o autor: "Este é apenas o segundo dos muitos livros seus que pretendo publicar".(Foto by Wladimir Wong)
Sorrisos!
Estrangeiros investem em comunicações no Brasil
Deu no blog Todamídia, da Folha/Uol:
Depois de lançar "Brasil Econômico" e "Meia Hora" em São Paulo e comprar "O Dia", "Meia Hora" e "Campeão" no Rio, além de preparar um jornal em Brasília e iniciar negociações com a Band para televisão, a coluna de Ricardo Boechat informa que o grupo português Ongoing agora "estuda ocupar o espaço deixado pelo "Jornal do Brasil' com um novo diário para as classes A e B no Rio, para encarar 'O Globo'".
Segundo o Radar de Lauro Jardim, os planos do Ongoing, que está trocando de presidente no Brasil, de Carmelo Furci para Rafael Moura, "braço direito de Nuno Vasconcellos", carregam "tinturas fortemente megalomaníacas", até "projetos de infraestrutura e telecomunicações".
Não está sozinho. Segundo Boechat, o grupo espanhol Prisa, que edita o jornal "El País" e jornais latino-americanos, segue investindo em sua editora Objetiva, que "nos últimos tempos contratou Luis Fernando Verissimo, João Ubaldo Ribeiro e Carlos Heitor Cony" e agora tirou Ana Maria Machado da editora Record, "depois de 30 anos".
E a coluna Mônica Bergamo publica que o grupo londrino Time Out "terá edições mensais sobre São Paulo e o Rio". Ambas em inglês, mas produzidas e vendidas no Brasil, a "Time Out São Paulo" começa a circular em novembro e a versão carioca no Carnaval de 2011.
Escrito por Nelson de Sá
Portugueses, espanhóis,
ingleses nos portões
Depois de lançar "Brasil Econômico" e "Meia Hora" em São Paulo e comprar "O Dia", "Meia Hora" e "Campeão" no Rio, além de preparar um jornal em Brasília e iniciar negociações com a Band para televisão, a coluna de Ricardo Boechat informa que o grupo português Ongoing agora "estuda ocupar o espaço deixado pelo "Jornal do Brasil' com um novo diário para as classes A e B no Rio, para encarar 'O Globo'".
Segundo o Radar de Lauro Jardim, os planos do Ongoing, que está trocando de presidente no Brasil, de Carmelo Furci para Rafael Moura, "braço direito de Nuno Vasconcellos", carregam "tinturas fortemente megalomaníacas", até "projetos de infraestrutura e telecomunicações".
Não está sozinho. Segundo Boechat, o grupo espanhol Prisa, que edita o jornal "El País" e jornais latino-americanos, segue investindo em sua editora Objetiva, que "nos últimos tempos contratou Luis Fernando Verissimo, João Ubaldo Ribeiro e Carlos Heitor Cony" e agora tirou Ana Maria Machado da editora Record, "depois de 30 anos".
E a coluna Mônica Bergamo publica que o grupo londrino Time Out "terá edições mensais sobre São Paulo e o Rio". Ambas em inglês, mas produzidas e vendidas no Brasil, a "Time Out São Paulo" começa a circular em novembro e a versão carioca no Carnaval de 2011.
Escrito por Nelson de Sá
sábado, 4 de setembro de 2010
sexta-feira, 3 de setembro de 2010
O adeus ao JB: um enterro ao estilo de Nova Orleans
Texto do jornalista Jorge Antonio Barros no Globo Online:
Mais de 24 horas depois ainda estou me recuperando da ressaca afetiva que é assistir à morte de um jornal que foi um patrimônio histórico, político e cultural de um país. A felicidade é que o "enterro" do Jornal do Brasil, ontem de manhã, virou uma cerimônia fúnebre ao melhor estilo de Nova Orleans, com muita conversa, emoção, abraços, reencontros, almoços dos colegas e, à noite, prosseguiu na festa de lançamento do livro de Alfredo Herkenhoff (Memórias de um secretário - pautas e fontes), que me brindou com uma dedicatória inesquecível, na qual me chamou de "eterno estagiário do JB". Chorei.
Apesar da perda fiquei orgulhoso de fazer parte da equipe de um jornal que reservou nada menos que duas páginas para contar a história do fim do JB em papel, em elegante reportagem de Paulo Thiago de Mello, redator da economia, sentado aqui praticamente do meu lado. Thiago achou até leitores com mais de 80 anos, que se uniram aos jornalistas e ex-funcionários do JB na Cinelândia. Cerca de 150 pessoas foram até lá participar do Dia de Afeto ao JB, que se transformou num encontro inesquecível. Queria ter feito essa reportagem, mas estava emocionado demais, vendo rostos antigos e personagens que já nem sabia estarem vivos, como Carlos Alberto Teixeira, o redator da seção de cartas do JB, onde dei meus primeiros passos em direção ao jornalismo, como assíduo missivista.
Ao final do encontro, o grupo posou para fotos na escadaria da Câmara dos Vereadores. Na hora "h" ainda consegui me afastar para fazer imagens para um vídeo que ainda estou editando. A foto é histórica porque reuniu num só lugar o maior número de integrantes de várias gerações de jornalistas, que nasceram, cresceram ou já chegaram grandes no JB. Vi Celina Cortes, Mônica Freitas, Fernanda Pedrosa, Sandra Chaves, Rose Esquenazi, Iara Cruz, Débora Dumar, Joelle Rouchou, Elisa Ramos, Gloria Alvarez, Teresa Cristina Levy, Ana Lúcia Madureira de Pinho, Márcia Penna Firme, Beth Marins, Maria Alice Paes Barreto, Aguinaldo Ramos, Evandro Teixeira, Humberto Borges, Antonio Athayde, Mário Pontes, José Emílio Rondeau, Orivaldo Perin, Ancelmo Gois, Alberto Jacob, Rogério Reis, Maurício Menezes, José Luiz Alcântara, Zé Sérgio, Israel Tabak, Sérgio Fleury e José Silveira - prestes a completar 80 anos - entre tantos outros. Leo Schlafman chorou.
O melhor da manifestação - que não foi protesto contra nada - foi justamente a capacidade que os ex-funcionários do JB tiveram de não se calar em casa, diante da tragédia. Foram para a rua manifestar seu afeto pelos amigos, velhos e novos companheiros, que em algum momento de suas vidas contribuíram para a história do Jornal do Brasil. Esse episódio, para nós deste blog, que acompanhamos a questão da segurança pública, guarda uma pequena lição, mas fundamental para o exercício da cidadania e da democracia. Temos que nos unir mais para estarmos sempre prontos a ir às ruas, seja para manifestar nossa dor, nosso drama, mas também resgatar nossa própria história. Foi um gesto simples que, tenho certeza, com o passar do tempo vai comprovar a sua importância.
Mais de 24 horas depois ainda estou me recuperando da ressaca afetiva que é assistir à morte de um jornal que foi um patrimônio histórico, político e cultural de um país. A felicidade é que o "enterro" do Jornal do Brasil, ontem de manhã, virou uma cerimônia fúnebre ao melhor estilo de Nova Orleans, com muita conversa, emoção, abraços, reencontros, almoços dos colegas e, à noite, prosseguiu na festa de lançamento do livro de Alfredo Herkenhoff (Memórias de um secretário - pautas e fontes), que me brindou com uma dedicatória inesquecível, na qual me chamou de "eterno estagiário do JB". Chorei.
Apesar da perda fiquei orgulhoso de fazer parte da equipe de um jornal que reservou nada menos que duas páginas para contar a história do fim do JB em papel, em elegante reportagem de Paulo Thiago de Mello, redator da economia, sentado aqui praticamente do meu lado. Thiago achou até leitores com mais de 80 anos, que se uniram aos jornalistas e ex-funcionários do JB na Cinelândia. Cerca de 150 pessoas foram até lá participar do Dia de Afeto ao JB, que se transformou num encontro inesquecível. Queria ter feito essa reportagem, mas estava emocionado demais, vendo rostos antigos e personagens que já nem sabia estarem vivos, como Carlos Alberto Teixeira, o redator da seção de cartas do JB, onde dei meus primeiros passos em direção ao jornalismo, como assíduo missivista.
Ao final do encontro, o grupo posou para fotos na escadaria da Câmara dos Vereadores. Na hora "h" ainda consegui me afastar para fazer imagens para um vídeo que ainda estou editando. A foto é histórica porque reuniu num só lugar o maior número de integrantes de várias gerações de jornalistas, que nasceram, cresceram ou já chegaram grandes no JB. Vi Celina Cortes, Mônica Freitas, Fernanda Pedrosa, Sandra Chaves, Rose Esquenazi, Iara Cruz, Débora Dumar, Joelle Rouchou, Elisa Ramos, Gloria Alvarez, Teresa Cristina Levy, Ana Lúcia Madureira de Pinho, Márcia Penna Firme, Beth Marins, Maria Alice Paes Barreto, Aguinaldo Ramos, Evandro Teixeira, Humberto Borges, Antonio Athayde, Mário Pontes, José Emílio Rondeau, Orivaldo Perin, Ancelmo Gois, Alberto Jacob, Rogério Reis, Maurício Menezes, José Luiz Alcântara, Zé Sérgio, Israel Tabak, Sérgio Fleury e José Silveira - prestes a completar 80 anos - entre tantos outros. Leo Schlafman chorou.
O melhor da manifestação - que não foi protesto contra nada - foi justamente a capacidade que os ex-funcionários do JB tiveram de não se calar em casa, diante da tragédia. Foram para a rua manifestar seu afeto pelos amigos, velhos e novos companheiros, que em algum momento de suas vidas contribuíram para a história do Jornal do Brasil. Esse episódio, para nós deste blog, que acompanhamos a questão da segurança pública, guarda uma pequena lição, mas fundamental para o exercício da cidadania e da democracia. Temos que nos unir mais para estarmos sempre prontos a ir às ruas, seja para manifestar nossa dor, nosso drama, mas também resgatar nossa própria história. Foi um gesto simples que, tenho certeza, com o passar do tempo vai comprovar a sua importância.
Youtube: Jornal do Brasil - Memórias de um Secretário - Pautas e Fontes
LAPA, RIO DE JANEIRO, EM 31 DE AGOSTO DE 2010 ÚLTIMO DIA DE VERSÃO IMPRESSA DO JB
REÚNE JORNALISTAS DE VÁRIAS GERAÇÕES
João Saboia
Via Celular - Imagens da Noite de Autógrafos do livro Jornal do Brasil - Memórias de um Secretário - Pautas e Fontes, do jornalista Alfredo Herkenhoff, no Capela - Lapa, Rio de Janeiro. Trilha sonora: "Rossinando", CD do SIX http://www.joaosaboia.com/
Duração:4:46
Marcelo Serra
eu acredito em EVANDRO TEIXEIRA, eu acredito em ALFREDO HERKENHOF.....
Alfredo Herkenhoff
Fabio Lau! Bruno, Tania Malheiros e Adilson Gonçalves! Parabéns e muito obrigado por existirem e resistirem!
Fabio Cola
Acabei que nao te dei um abraço, passei lá com o Hernani V!!
Abraçao e parabéns pelo Livro, pena ja ter acabado quando fui comprar!!
Alfredo Herkenhoff
Adilson gONÇALVES fez fotos de inúmeros reencontros na festa da família JB! Bela surpresa! Tantos flagrantes! Parabéns!
Antonio Carlos Gomes Siqueira
Os depoimentos ficaram muito interessantes. Preciso que você veja. Me ligue para combinarmos.
Deborah Dumar
meu caro amigo. seu livro já nasceu best- seller. foi uma delícia reviver o ambiente do JB, o pique diário e a excelência exigida da redação. que grande escola! obrigada por me incluir entre os coleguinhas citados. bjks.
Arnaldo Bloch
Alfredo, preciso falar contigo urgente. Meu email é arnaldo@oglobo.com.br
Ana Claudia Costa
Fala Alfredo! Pena que não pude ir mas já vou comprar o livro e ver as histórias maravilhosas que com certeza você conta no livro. Parabéns pela obra prima!
Onde está vendendo o livro? Não achei nos sites
Maurício Tambasco
Tô devorando sua obra-prima! Estou orgulhoso por vc ter lembrado d mim no livro, OK? E minha mãe, tb... Ah, a noite d autógrafos no Capela foi um sucesso, viu? Abs e fik c/ Deus!!!
Gilberto de Souza
Meu caríssimo Herkenhoff. Parabéns pelo livro. Nosso jotinha foi embora, mas os correios tão aí, da Lapa e do Brasil. Grande abraço. Gilberto.
Jan Theophilo
Te mandei uma mensagem, estou em SP e nao tive como ir no lancamento.
Maristela Trindade
Me mandas-te algum aviso?
Só vi vc reclamar do flamengo perder!
Bobagem! Com um livro na manga!
Bem, para mim, tudo ficou no ar e eu também não ando muito internáutica mas, afirmo ue foi uma falha sua pois SEMPRE DISSE QU VC SABIA O QUE DEVERIA FAZER COM TANTOS PENSAMENTOS ULULANTES!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
No mais, é que espero que tenho sido um SUCESSO!
Ouvi muito carinho a repeito do ser quarto filho, no pouco tempo em que estive por aí.
Se tivesse conseguido assimilar...
O importante é BOA SORTE E MUITA, MUITA INSPIRAÇÃO E MAIS LANÇAMENTOS!
Carinho,
Maristela
Itala Maduell
Emoções. Alfredo, obrigada pelas suas memórias, nossa memória coletiva. Livro histórico. Encontro histórico.
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