sábado, 27 de junho de 2009
Brasil, amor e inveja, ódio na flor - 5/15
Brasil da minha vaidade, meu trabalho nas Organizações, meu salário não-ruim, minha barriga menor do que a de um apresentador barato, que ganha mais do que orçamento anual de centenas de cidades, entre os 5.600 municípios. Brasil de Brasília, a Rive Gauche do puxa-saquismo, do ar seco diamantino do primeiro presidente moderno, aquele que massacrou o Rio de Janeiro. Foi cassado pela ditadura e apesar da injustiça e covardia e ignomínia do ato discricionário, ainda assim foi pouco o castigo do ponto de vista do mal que ao carioca deixou. Brasil que o Rio de Janeiro abandonou. Brasil do terno de linho, do terno branco amarfanhado pelo dinheiro, com revólver na cintura. Brasil das cláusulas protetoras das redes de poder que projeta ilusões, redes que contratam saltimbancos se achando geniais.