Morte de Ted Kennedy - Vida de John Kennedy

Conquistas e Fracassos

John Kennedy

Mito e Tragédia

John Kennedy, carisma e intrepidez, quis a paz, mas fez a guerra.


Correio da Lapa por trás da notícia da morte de Ted Kennedy

John Kennedy: poucas conquistas e poucos fracassos. Mas tudo grandioso. Ei-los:

Lua, um diamante grande demais para enfeitar qualquer anel, ainda que 49 vezes menor do que a Terra

Cuba: antes de Kennedy, os EUA apoiaram a guerrilha de Fidel Castro contra a ditadura em Havana. Kennedy tentou derrubar Fidel apoiando exilados na fracassada invasão da Baía dos Porcos, o que só fortaleceu o regime da Ilha.

Kennedy deu um passa-fora em Moscou na crise dos mísseis em 1962. Temeu-se o fim do mundo. Moscou recuou e não fez de Cuba uma base nuclear.

Kennedy tentou se aproximar de Moscou para um desarmamento. Os dois lados da Guerra Fria não gostaram, e Kennedy pagou o pato.

A primeira reação depois do encontro de Kennedy com o russo Nikite Krushchev foi a construção do Muro de Berlim.

E nos EUA, em vez de muro, mandaram bala na cabeça do presidente.

Antes, Kennedy começou a guerra do Vietnam. Outra lambança que explodiria nas administrações de Lyndon Johnson e Richard Nixon, conflito que só terminaria mais de dez anos depois do assassinato do presidente.

Os fracassos foram poucos, mas tanto estes quanto as conquistas, também poucas, entraram para a História e ajudaram a mitificar ainda mais a saga de uma família de imigrantes irlandeses recheada de heroísmos, glamour e tragédias.

O irmão Robert Kennedy quis seguir os passos de John e também foi assassinado em 1968, quando era candidato à Casa Branca. Depois, Ted Kennedy, o caçula, contentou-se com uma longa vida no Senado, muito querido de todos e tal, mas sem tanta força, apenas um caso de memória viva de sonhos anteriores abatidos a bala.

Mas eis um resumo da vida de John Kennedy na visão chapada do Wikipedia aqui neste Correio da Lapa ainda mais enxugada:

John Fitzgerald Kennedy, nascido em Massachusetts, em 1917, e morto a tiros em Dallas, em 1963, foi o 35° presidente dos EUA (1961–1963), vindo de família de origem irlandesa e católica. Era filho de Joseph Kennedy, embaixador de Washington em Londres no fim dos anos 30. Formou-se em Relações Internacionais em Harvard em 1940. Serviu na Marinha na Segunda Guerra Mundial, foi ferido em Guadalcanal em 1943. Condecorado por bravura, afastou-se do serviço militar por problemas na coluna vertebral.

Em 1946, foi eleito pelo Partido Democrata deputado federal por Massachusetts. Reeleito em 1948 e 1950. Em 1952, foi eleito para o Senado Federal. Casou-se em 1953 com Jacqueline Bouvier com quem teve 4 filhos (uma natimorta e o outro morreu com 2 dias de vida). Nessa época, sofreu duas cirurgias para correção de problemas na coluna vertebral, vindo a quase falecer.

Eleições presidenciais de 1960

No início de 1960, Kennedy declarou-se candidado democrata às eleições presidenciais, escolhendo para vice o senador Lyndon Johnson, do Texas. O oponente republicano era o então vice-presidente, Richard Nixon. A 8 de novembro de 1960, Kennedy garantiu vitória por apenas 113 mil votos, ou diferença minima de 0,2% . Kennedy foi o primeiro presidente nascido no século XX.

Sucedendo a Dwight Eisenhower, Kennedy enfrentou uma sucessão de crises: invasão de Cuba por exilados cubanos com o auxílio da CIA. Assumiu a responsabilidade pelo fracasso, mas manteve a popularidade. Em junho de 1961, o primeiro encontro com o premier Nikita Krushchev, em Viena. Dois meses depois o Muro de Berlim era construído. 1962 também foi turbulento. A crise dos Mísseis que Moscou queria instalar em Cuba, o que quase levou o Mundo a uma Terceira Guerra Mundial. Os soviéticos recuaram diante da decisão de Kennedy de não aceitar base nuclear ao sul da Flórida. Na sequência, Kennedy
enviou consultores militares para o sudeste asiático, onde as torças comunistas já haviam expulsado os colonizadores franceses. Era o início da guerra do Vietnam.

Internamente, Kennedy levava a economia a uma recuperação, mas enfrentou forte oposição do Congresso. No sul do país, a tensão racial se agravou, e Kennedy enviou tropas para garantir os direitos civis dos negros. Foi um presidente que defendeu abertamente as
causas das minorias . Entre 1961 e 1963, vários países sul-americanos receberam ajudas de vestuário e alimentação no programa Aliança para o Progresso, que as esquerdas acusava de ser intromissão política.

Kennedy sonhava com uma aproximação maior com Moscou e gradual desmilitarização, mas isso desagradou a indústria de armas dos EUA, a maior do Mundo. Promoveu mudanças no alto escalão do governo e da CIA. Sabia utilizar a mídia e tinha o dom
da oratória.

Assassinato em Dallas, mistério envolvendo atitude pessoal de um fuzileiro naval, a indústria de armas e a velha Máfia

Imagem de um momento antes dos dois tiros que acertaram o corpo e a cabeça de Kennedy
em novembro de 1963

No verão de 1963, Kennedy preparava-se para iniciar a sua campanha para uma eventual reeleição nas eleições de 1964. As perspectivas eram boas, visto que o candidato republicano deveria ser o senador Barry Goldwater, um conservador bastante extremista e impopular. Porém, no estado do Texas, que era de fundamental importância, a administração estava perdendo popularidade para os republicanos. Foi então programada uma visita do presidente às principais cidades do estado em 21 e 22 de novembro.

Tendo visitado San Antonio, Houston e Fort Worth, Kennedy vai a Dallas, desfila em carro aberto, e encontra uma multidão entusiasmada. Ao meio-dia e meia do dia 22 de novembro, passando pela Dealey Plaza, Kennedy é atingido por dois tiros, um no pescoço (que também atinge o Governador do Texas John Connally) e outro fatal na cabeça . Jackie
Kennedy que estava ao seu lado, sobe em desespero na traseira do carro em movimento . Kennedy morre menos de trinta minutos depois do atentado. Um ex-fuzileiro naval, Lee Harvey Oswald, de 24 anos, que trabalhava num depósito de onde foram vistos os disparos, foi detido e acusado pelo homicídio de Kennedy. No dia 24, quando Oswald seria
transferido para outra prisão, acabou por ser também assassinado por Jack Ruby, ligado à Máfia americana e portador de uma doença terminal.

O Homem na Lua

Kennedy foi o presidente que lançou o desafio de chegar à Lua em uma década, que resultou no Projeto Apollo. Disse em discurso: "Nós decidimos ir à Lua. Nós decidimos ir nesta década e fazer as outras coisas, não porque elas são fáceis, mas porque são difíceis".