quarta-feira, 22 de julho de 2009

Senado Cracolândia confunde e se confunde com plebiscito


É preciso estabelecer ângulos históricos para compreender a complexidade do que está em curso. Hoje um parlamentar já pediu plebiscito. Caraca! Um plebiscito em Honduras sob Manoel Zelaya seria um golpe de estado. Um contragolpe de estado de Micheletti deu no imbroglio que deu. Já nos EUA, e na Itália, os eleitores são chamados a referendo o tempo todo, mas não tratam com oportunismo questões de continuísmo nem de corrupção, apenas consultas sobre hábitos e legislação.

Punir Sarney como bode prévio é dar salvo conduto para uma Casa que já cumpriu o papel histórico da fortalecer a República Federativa. Hoje quem une o Brasil é a televisão, é o futebol, o samba, a MPB, a brasilidade está na cultura feita e impingida.

Já a política está esquizofrenicamente distante disso, se achando, quando todos a vemos perdida num mar de lama. Não somos nada, mas simples votos, números, mas os votos que valem são os dos pares. Exatamente como no Século 19, só votando homem branco e de posses. Hoje só tem voto de valor homem de mandato e mandando ver, homem de posse da posse; Renan, Jader, Collor, Gilmar Mendes, um lá, outro cá, o casteleiro etc.