Diploma e jornalismo no Grande Rio
Coleguinhas jornalistas e estudantes
Coleguinhas jornalistas e estudantes
ainda há tempo de nos mobilizarmos para que a exigência do diploma de jornalismo para o exercício da profissão não caia! O Supremo deve apreciar a matéria em breve e, pelos comentários, eles devem colocar o tema Diploma de Jornalismo no mesmo patamar da Lei de Imprensa. Ou seja, vê a exigência do diploma como um cerceamento da liberdade de imprensa e de comunicação.
Se quisermos mudar a situação temos que mostrar nosso interesse... Quem puder, repasse, por favor, para sua rede de amigos jornalistas e/ou estudantes.
O deputado Paulo Ramos convida para audiência pública sobre o assunto que acontecerá dia 18 de maio, às 14h, na Alerj. Leia convite abaixo.
O deputado Paulo Ramos convida para audiência pública sobre o assunto que acontecerá dia 18 de maio, às 14h, na Alerj. Leia convite abaixo.
Te vejo lá!
Namastê!!! ( novela tem que servir para alguma coisa, hehe)
Bernadete Travassos
Respondo à excelente profissional Bernadete Travassos
Bernadete querida
Trabalhamos juntos por quase um ano no jornal diário Correio da Baixada, foi uma experiência inesquecível fora do eixo do Poder. Mas não creio que seja um problema ter ou não ter diploma para se fazer bom jornalismo. Nosso sereno diretor Acurcio de Oliveira e seu filho Marcos de Oliveira, do Grupo Monitor Mercantil, são intrépidos e íntegros homens de visão e de imprensa. Eles investiram grana e perderam conosco nesse empreendimento editorial maravilhoso que foi e é o Correio da Baixada.
Quantas tardes na gare da Central do Brasil vi a multidão disputando avidamente o tablóide vespertino Correio da Baixada, num contraponto com o desprezo que esta mesma multidão considerava o jornal semanário e milionário da Igreja Universal. O ano de 2008 vai ficar marcado como emblemático para a Baixada Fluminense, que recebeu todo dia milhares de exemplares de um jornal que, como dizia o nosso grande colaborador José Louzeiro, era especial. Disse José Louzeiro que nunca a região, Baixada, teve um jornal de tamanha grandeza democrática, tamanha qualidade editorial.
Oh queridas Bernadete e repórteres Carolina Souza, Ana Paula Moresche, Alyne e tanta gente boa... Oh publishers Acurcio e Marcos, não foi somente a crise financeira mundial que atrapalhou ou atropelou e fez hibernar este projeto editorial. Foi também uma certa desídia, um egoísmo, uma incompetência dos homens de negócio da Baixada Fluminense, não compreendendo a excelência, a independência e a característica apartidária do Correio da Baixada.
A não-resposta dos anunciantes foi a causa principal da hibernação do Correio da Baixada. A não-resposta comercial foi a clara escuridão do empresariado de uma região que é a terceira maior aglomeração urbana do Brasil, com 3 milhões e 700 mil pessoas vivendo na periferia da metrópole do Rio de Janeiro, sem uma voz, sem nada. A aglomeração urbana da Baixada só perde para São Paulo e Rio de Janeiro.
Os ricos da Baixada gostam de gastar dinheiro em Miami, passear no Barra Shopping e nada de anunciar no veículo que, tenho certeza, ainda vai voltar com toda força. As agências de publicidade sediadas em São Paulo estão há anos-luz da realidade, vivem uma ilusão de luxo de mercado cativo e ignorância com relação a sutilezas e pujança de um outro mercado tão grande e diversificado, como a Baixada.
Saudações, Bernadete, a toda a nossa equipe e que, como você, formada por pessoas que lutam por melhor qualidade de vida na Baixada e encaram os preconceitos contra a região. Para além de tanta coisa que nos une profissionalmente, Bernadete Tavassos, discordo da sua opinião valorizando a obrigatoriedade do diploma de jornalismo para exercer a função. Claro, uma boa formação acadêmica é desejável, mas não é condição sine qua non.
Alfredo Herkenhoff