Assanhado, de Jacob do Bandolim, com Armandinho e Jorginho
Maravilhoso Email de Gerdal José de Paula
Prezados amigos
Líder do regional Época de Ouro (para o qual veio, em 1972, a convite do saudoso violonista César Faria, pai de Paulinho da Viola, na retomada da atividade do grupo, cessada logo após a morte do fundador, Jacob do Bandolim, em 1969), Jorge José da Silva, o Jorginho do Pandeiro (foto abaixo), carioca de Santo Cristo, bairro da região central do Rio, é um dos mais novos octogenários da praça e, em razão disso, lembrado para merecida homenagem com show do conjunto, nesta segunda-feira, 6 de dezembro, às 21h, no Centro Cultural Carioca (Rua do Teatro, 37 - tel.: 2242-9642 - ao lado do João Caetano). À data redonda do aniversariante junta-se para a função bem ritmada desse encontro festivo no CCC a razão permanente da sua correção profissional e da longevidade expressiva das suas platinelas na MPB, em instrumento que toca com exemplaridade e personalidade desde a adolescência, quando, para quebrar o galho de um amigo do seu irmão Lino, cavaquinhista (o violonista Ademar Nunes, ligado a outro violonista, líder de regional, Rogério Guimarães, e que precisava de um pandeirista), Jorginho iniciou carreira, em 1944, na Rádio Tamoio. Música e músicos, por sinal, seriam notas predominantes na família - é ainda irmão do saudoso e magistral sete-cordas Horondino Silva, o Dino; pai de Jorge Filho (também do Época de Ouro, ao cavaquinho) e Celsinho Silva e avô de Eduardo Silva (do Regional Carioca, filho de Celsinho, ambos pandeiristas), além de primo de um também saudoso e respeitado cavaquinhista, Tico-Tico, e filho de um violonista amador que gostava de chamar os amigos para tocar em casa, em reuniões bem animadas e até mesmo dançantes. Substituindo Gílson de Freitas, ingressou em 1956 no famoso Regional do Canhoto (um cavaquinhista que tocara, poucos anos antes, em regional igualmente histórico, comandado pelo macaense Benedicto Lacerda), somando o brilho individual ao de bambas do porte do acordeonista Orlando Silveira, do flautista Carlos Poyares e dos violonistas Jaime Florence (Meira) e Dino (seu já citado irmão, também egresso da formação do Benedito) em grande número de apresentações nos chamados anos dourados da radiofonia nacional.
De um pouco de si e da sua relação com o pandeiro o próprio Jorginho fala e dá demonstração no primeiro dos "links" abaixo, acompanhado de Celsinho Silva e de um admirador de prestígio e colega de percussão, Marcos Suzano. Nos dois "links" seguintes, respectivamente, é visto com o Época de Ouro e o bandolinista baiano Armandinho (revelado nacionalmente aos 15 anos por Flávio Cavalcante em "A Grande Chance", na TV Tupi), executando "Assanhado", e, com outros nomes da nossa fina flor instrumental, "Bole-Bole", ambas bons-bocados autorais do repertório de delícias do mestre Jacob.
Um bom dia a todos. Grato pela atenção à dica.
Um abraço,
Gerdal