segunda-feira, 6 de julho de 2009

Rede Globo manda todo mundo twittar . Coluna 3/7

Você acha que uma celebridade global, ganhando 2 ou 3 mihões de reais por mês, tem tempo ou saco para mandar recadinho para dez amigos em 140 caracteres no Twitter? A Rede Globo baixou foi ordem para todo mundo twittar. Assim, a celebridade, com seu ghost twitter, surge de repente. E se vê lá; ela segue os recadinhos de 10 coleguinhas famosos e é seguida por 30 mil fãs anônimos. O famoso lê as frases de 28 coleguinhas e é lido por 60 mil internautas, followers sem fama.

Parece que essas pessoas todas estão interagindo. Quanta ilusão digital. O que rola é apenas curiosidade para uma publicidade em frases curtas. Dez mil seguidores para uma celebridade, 30 mil para outra, 60 mil para Luciano Huck, e no fim do dia, a propaganda da Globo foi acompanhada por 1 milhão de internautas consumindo frases, mini trailers verbais da programação do grid.

Os principais programas, os apresentadores dos telejornais e outros luminares simplesmente fazem propaganda gratuita para suas imagens pessoais e para as empresas de seus patrões. Como essas empresas têm grande audiência, o que acontece é simplesmente o desejo de ocupar espaço onde ainda não reinam: a internet. E o Twitter cai com uma luva para essa carência ou espaço cobiçável.


A verdade é uma nebulosa taxa de desejos, misto de velha vaidade com marketing via imagem de famosos, obrigando os meios de comunicarão a exagerar na super exposição de seu principais nomes.

Depois de assistida por 30 milhões de telespectadores, a estrela de qualquer programa semanal que passe antes ou logo depois de uma novela ainda aparece em canais de assinatura, tipo 39, Sport TV, Multisshow, Globo News, GNT e até Canal Futura, e aparece ainda na publicidade, insossa em boa parte, fiando-se mais na fama dos figurantes do sabão, banco e automóvel, do que em qualquer coisa muito além de comércio de produtos e serviços.

Por Alfredo Herkenhoff
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