domingo, 7 de novembro de 2010

2020, o ano dos tablets; fim do ciclo dos jornais impressos

Agora estou pensando que 2010 que vai findando (com Espanha campeã do mundo, Dilma Rousseff no poder, Barack Obama sob pressão no Congresso em Washington e a crise financeira de 2008 ainda longe de terminar, com a globalização comendo empregos ou postos formais de trabalho na velocidade da luz) será um ano marcado pelo advento ou popularização do tablet, a prancheta eletrônica que embute tudo a um toque de dedo: telefone, livros, jornais, transações bancarias, TV, GPS, tudo rápido, portátil, o mundo na tela da prancheta na mesa de um bar, como vi outro dia com o colega Marcelo Moreira, entre uma gole e outro de scotch, vi como ele tirou uma dúvida sobre o indio parceiro de Robison Crusoe, o Sexta-feira, alvejado no litoral brasileiro, na nádega, por um flecha envenenada. Sexta-feira caiu na asneira de saudar a baianada nativa balançando o rabo na mureta do convés do navio. Deu-se mal. E tudo isso no Baixo Gávea. 2010 é sim o ano do tablet. A mais moderna das geringonças está chegando ao Brasil este mês a preço abaixo de 2 mil reais, oferta da Tim já fornecendo a navegação ambulante. Satélites na estratosfera e o mundo em nossas mãos, nossos olhos, ouvidos e corações. O ciclo dos jornais impressos está chegando ao fim. O JB já deu adeus às bancas. Estima-se que estarão sepultados por volta de 2030 ou 2040 como o telegrama já o está de há muito.  Não vão desaparecer de todo. A metáfora a seguir é de Nilo Dante: jornal impresso será como cavalo, ainda existem os quadrúpedes nos jockey clubs das grandes cidades, mas deixaram de funcionar como transporte de massa. Uns poucos jornais  impressos resistirão, caros, caríssimos, para uma elite, mas já não terão mais influência alguma sobre o eleitorado.(Por Alfredo Herkenhoff, Correio da Lapa)






 
Sérgio Sampaio no traço
do cracaço do Cássio Loredano,
um desenho de uns 20 anos atrás
com uma visão de duas décadas à frente...