Guerra do petróleo
Por Emanuel Cancella (*)
Estamos assistindo a uma guerra silenciosa, a guerra do petróleo no Brasil! Em alguns países essa guerra se dá com mísseis, canhões e porta aviões, em outros com a tentativa de derrubada de governos; é assim a geopolítica de petróleo no mundo.
No Brasil, onde o interesse é maior, dado o grande volume de petróleo e gás contido no pré-sal, as principais multinacionais do petróleo não estão caladas, muito pelo contrário, estão agindo nos bastidores, quem sabe, também via CPI do Senado.
Reiteradas "denuncias" de corrupção na Petrobras são plantadas na mídia; campanha para baixar o preço dos combustíveis etc. E até dentro do próprio governo os lobos estão agindo. O alvo do inimigo nesse momento, para onde estão mirando todo armamento bélico, é a Petrobras.
Lógico, desmoralizar a Petrobras, destruindo a imagem daquela que além de tudo descobriu o pré-sal, é acabar com nossa auto-estima e credibilidade e assim as portas ficarão escancaradas para a convocação das multis, para fazer aquilo que a Petrobras fragilizada e descaracterizada não poderia fazer (logo a Petrobras que descobriu tudo e tem a tecnologia mais avançada do mundo).
É um verdadeiro massacre onde a simples criação pela Petrobras de um novo e desconhecido blog, para responder e esclarecer as reiteradas injúrias, calúnias e difamações plantadas na grande mídia, está sendo classificada de antidemocrática.
Tudo isso é uma grande nuvem de fumaça para esconder o principal, que o Brasil com o pré-sal poderá deixar de ser uma nação em desenvolvimento, ter serviços públicos de qualidade, fazer a reforma agrária, suprir o déficit de moradias, gerar emprego e renda para toda nossa gente.
Para isso precisamos unicamente fazer valer o preceito constitucional de que toda a riqueza localizada em nosso subsolo pertence à União, principalmente considerando que esse tesouro foi descoberto pela Petrobras.
Os inimigos querem nos fazer crer que a instalação de uma CPI; discutir o preço do combustível; a criação de um blog pela Petrobras são mais importantes do que discutir o novo marco regulatório do petróleo que diz respeito à atual e à futura geração de brasileiro. O inimigo é o mesmo de sempre: o estrangeiro e os brasileiros vendidos que querem manter nosso povo na miséria e o Brasil eternamente como país do futuro!
(*) Ex-presidente e atual secretário-geral do Sindipetro-RJ, técnico da Petrobras, funcionário há 34 anos, ex-diretor nacional sindical do Dieese.