terça-feira, 16 de junho de 2009

Um círculo extra para veludo e veneno


Mostrou os detalhes horas atrás para seguir a mensagem que funcionou longe do suspense e entregou de bandeja o truque que faria: mover-se potencialmente com o dobro, a metade de uma parte como a parte inteira, que metade simples de clonar inverte a imagem para se juntar a multiplicidades infinitas, duas peças iguais passariam a ser mais ou menos o original sem repetição vertical hemisférica, mas não era nem esta a artimanha mais curiosa de um desconhecido círculo. Pela maneira que teria de envolver poética mais antiga na junção da duplicação da imagem, teria de inverter, e seria até fácil, mas juntar a qualidade não seria uma criação qualquer, pois nunca se fez antes nem nunca se viu, embora se soubesse possível. Mas não no tempo real. O jogo, pela memória, um brinco sem o par, ou um chaveiro de pressão que já foi forma típica de amarelinha, ou aliança na mão, na foto censurada, faz recordar relances da mesma imagem que mais tarde se veria em duas mãos, duas alianças iguais, três círculos no total do primeiro canto, provavelmente como adorno de um conjunto de afeição que se trava na confiança e na serenidade. Mas especular é sempre, com ou sem câmara de eco, um risco de quase nada do que se sabe do mistério visual considerando, além das particularidades pessoais, nada além do que se imaginou até agora, a rainha consorte de Carlos, a devota de Saint George, ou de Tocantins uma imperatriz, ou de Brasília, Cadillac, uma Ceilândia de dúvidas no paraíso de um reino, um Ceilão impresso. A aliteração gradual intensa quase impediu o estilo global do código, ou da aliança, e o batente de palavras transformou os momentos. Nada foi perguntado em defesa da pele de Marta nem da pele de Minc, e nada respondeu para uma Diana Caçadora de Mitos que, ao mostrar os versos das mensagens precedentes, uma gargalhada não seria ainda agora. Novidade da espera, a aprovação que se emite vem com uma estampa que se vê numa brecha temporal que desapareceu, levando excelentes comentários de volta aos refletores com base em DAE (dispositivo automático de entrada), luxuoso chamado dos princípios com a intenção de montar uma ambivalência, mas sob um foco estrutural, é óbvio que esta não funciona. A intenção de jogar com a impossibilidade de se começar uma situação óptima de ambas as metades denota que, em toda abordagem óptica, o branco do tela buscando nas mentes um olhar como solução para o desejo de não confundir, nem ferir a gramática pessoal, inspirando uma eloquência da traição da linguagem enquanto mercado de faíscas com ineditismo pelo ineditismo, numa conjunção de foto surrupiada e imagem existente apenas como passado, não mais na mão está disponível. A foto é um estar atrás da lente. A escrita, com determinado endereço, tendo um ego como personagem, mas nada de pessoa real nem trama, apenas se dá como uma fonte de metáforas, a mais presente sendo a adorável compreensão de que a metade é do branco das mensagens, e a outra banda, a que não se obtém, serve como totalidade com tendência a preencher um sem-número de vazios. O incoerente na proposta de fazer uma apreensão de experiências se esgota na insinuação do sentimento de prazer. A vida de um alterego não se disfarça, apenas se apresenta como uma foto sem uso de uma união inacabada. Os neurônios de Nemus e Doris não fazem o menor esforço para erguer perspectivas de outros lados. Sempre com memórias entre lacunas e colunas desabáveis, dentro de letras e imagens, o resultado se mostra igualmente tosco, forte como um touro, burro como Sansão. Numa outra hora, com garantia da elegância e sedução, a substância se comenta, semente para uma reflexão mútua, de espelho, como frase coloquial, toda boa, cópia fixa, verbo de um acordo, maneira de não sofrer limitações nos planos da força dramática. A previsão de um estado para continuar como um impacto de espírito, batidas que se agravam como crescente aposta numa negociação interminável, não continua quando ninguém decide se a crise merece mercadoria ou agradecimentos. A situação óptima do mau uso de um doce veneno entorna-se. A mancha dos verbos é mais uma poção maior de menor efeito, mais mediação e menos ingestão, não havendo do que discordar por não estar neste processo de esquecer pessoas reconhecidas. Para dirigir, bastaria-lhe um Fellini, mas o momento não seria agora. A espera antecipa o impacto impondo freio ao depois. E assim nasce uma parte da inteira autoria.

Hieróglifos mentais by Alfredo Herkenhoff