sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Cesare Battisti STF Hondurenho Lula Berlusconi


Correio da Lapa refletindo a voz de petistas nas ruas:

Ú Úu!, Ó Óoh! O Batttisti é Nosso!

O Supremo Tribunal Federal do Brasil Quase Hondurenho está a um passo de enviar para a prisão perpétua um ex-guerrilheiro (Cesare Battisti, foto), que teve durante 12 anos asilo na França, sem que Roma incomodasse Paris como faz agora com Brasília. A capital está dividida entre Três Poderes, dos quais em alguns grassam segmentos solapando a liderança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Battisti, e pouco importa à essa altura se ele for mesmo um assassino safado, virou divisor de águas. É como o caso Manuel Solaya, já que Lula entrou, tem que prestigiar, mesmo que o presidente tenha errado. Mas o nosso Supremo Quase Hondurenho está a um passo de enviar o italiano suspeitísimo ao premier Silvio Berlusconi, que quer porque quer botar a mão no velho comunista. Berlusconi hoje quer qualquer coisa para alimentar as manchetes num momento em que se sente ou está ameaçado pelas pressões do escândalo das "veline" (super jovens prostitutas de luxo e desejosas, além dos euros, de entrar, com apoio de Il Cavaliere, para a política ou para a promissora carreira de apresentadoras de TV, na Itália sob total comando do primeiro-ministro). O Cavaliere Berlusconi seria uma espécie de José Sarney não-discreto, seria um chefe escandaloso comandando tudo ao mesmo tempo, como se no Brasil um chefe pudesse ser alguém comandando tudo a um só tempo: o Senado, as Organizações Globo, a Rede Record, a Radiobrás, a TV Brasil e a Secom, a verba publicitária que passa pelo crivo íntimo do pessoal do PT instalado no Palácio do Planalto... Berlusconi, o mesmo que, dois meses atrás, vendeu, como dono do Milan, o craque Kaká, sob alegação de que estava sem dinheiro, o que despertou ódio entre torcedores pela mentirada da dureza envolvendo a transação. Berlusconi, ninguém sabe ao certo se ele é o 15º homem mais rico do mundo, ou o 35º... Que diferença faz? A ser verdade metade disso tudo, melhor alugar uma casinha para Cesare Battisti escrever suas memórias no Distrito Federal, longe de Berlusconi e suas ninfetas seminuas.

Mas vejamos o que deu no jornal Correio do Brasil, do velho colega amigo Gilberto de Souza (Por Alfredo Herkenhoff)


Battisti abraça as filhas
e envia carta ao presidente Lula

Por Redação - de Brasília


Battisti foi condenado à revelia

Ex-militante comunista italiano, Cesare Battisti encontrou as duas filhas na penitenciária da Papuda, em Brasília, no final da tarde, início da noite passada. As moças, de 14 e 25 anos, desembarcaram da França com a escritora FredVargas e pediram para seguir imediatamente à prisão, para abraçar o pai. Elas foram acompanhadas pelo senador Eduardo Suplicy (PT-SP). À saída do encontro, Suplicy revelou ser portador de uma carta manuscrita de Battisti ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que a receberá após chegar da missão de cinco dias no exterior.

A extradição de Battisti é julgada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que já avisou ao réu sobre o novo adiamento da sessão, interrompida na semana retrasada após pedido de vistas do ministro Marco Aurélio Mello ao processo. O juiz da Suprema Corte tende a considerar o feito prescrito, o que poderá encerrar o julgamento.

Outro ponto de discussão no STF é a dúvida sobre a decisão final de manter Battisti no Brasil ou entregá-lo às autoridades italianas para o cumprimento da pena perpétua, caso seja julgada procedente a extradição. Pesa a dúvida se a competência seria do presidente Lula ou do próprioSTF. Segundo o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, cabe a Lula, como chefe de Estado e de governo, responsável pelas relações internacionais brasileiras, decidir se o prisioneiro será libertado no Brasil ou levado à Itália, a exemplo de outra militante comunista, OlgaBenário, entregue pelo ex-presidente Getúlio Vargas para a morte nas prisões da Alemanha nazista.

Segundo o ministro Cezar Peluso, em discordância do procurador-geral, o presidente Lula estaria obrigado a encaminhar o ex-militante aos italianos, que conderam o ex-militante a morrer na prisão por quatro assassinatos cometidos na década de 1970, quando integrava o grupo Proletários Armados pelo Comunismo (PAC). Os julgamentos aconteceram à revelia do prisioneiro que, até hoje, alega total inocência.

No STF, quatro ministros votaram a favor da extradição de Battisti e três pela decisão de o governo brasileiro conceder abrigo ao ativista. Na nova sessão, os ministros poderão revisar seus votos.

Correio da Lapa informa: quem se interessar mais pelo tema, é só procurar por aqui mesmo que há muito postado neste blogue-jornal , blogue-reflexo das ideologias dos outros, as mais díspares, até porque este espaço se sabe sem nenhuma própria, ou nenhuma com convicção. E sendo assim, Battisti ora leva pancada como bandido covarde, ora está mais asilado do que Zelaya.