Somos erráticos, emotivos, mas é assim mesmo, sempre foi...
Adriano, apenas uma esperança a mais, um jogador fora de série, mas cabeça frágil, emotiva como a nossa, de torcedores... Ninguém esperava que Adriano fosse chegar no horário certo aos treinos.... A preocupação é outra: se o seu jeito de menino grandalhão travesso, relapso às vezes, não vai prejudicar o elenco que não é lá tão maravilhoso.
A cabeça de torcedor é emotiva, inconstante, errática. É duro para um rubro-negro se sentir forçado a criticar coisas do Flamengo. Obina era xodó. Foi execrado porque não fazia gol. Perdeu dois pênaltis no Campeonato Carioca. Contundiu-se. E quase não o deixaram mais jogar. Entrava poucas vezes e só no segundo tempo, às vezes só no fim, numa roubada... Poucos minutos somados... Obina vai para o Palmeiras e por lá já fez mais gol do que Adriano Imperador em sua volta à Gávea.
Obina em São Paulo já deita falação. Lembra que não se sentiu prestigiado na Gávea em 2009. Faltou a Obina o carinho que sobra para Adriano. Falta a Juan o carinho que sobrou no Adeus a Ibson...
Vamos torcer, quem sabe, nesse jogo de azar, o Flamengo não chega lá e supera Corinthians, Internacional, Cruzeiro, Palmeiras, Santos, São Paulo e até o Fluminense? Estes clubes estão um pouco menos caóticos, trabalham mais com o médio e longo prazo. Já o Flamengo a cada semana enfrenta surpresas, algumas boas, várias delas nada agradáveis.
Por Alfredo Herkenhoff