sábado, 28 de novembro de 2009

ONU critica Irã por usina nuclear, Lula se abstém


A Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea), órgão das Nações Unidas que monitora o uso da energia nuclear, censurou o Irã e exigiu interrupção do programa nuclear. O Irã ja havia anunciado a construção de uma nova planta de enriquecimento de urânio do país. O Brasil foi um dos países que se absteve em votar contra o programa iraniano. China e Rússia uniram forças com Grã-Bretanha, França, Alemanha e Estados Unidos para pressionar pela resolução, aprovada por 25 países na Junta de Governadores da Aiea. As potências ocidentais suspeitam que o governo iraniano tente construir uma bomba nuclear, mas lutam para obter o apoio diplomático da China e da Rússia. Vinte e cinco dos 35 membros da junta votaram a favor da censura. Foi a primeira contra o Irã na AIEA desde fevereiro de 2006. Apenas Venezuela, Cuba e Malásia votaram contra a resolução. Além do Brasil, Afeganistão, Egito, Paquistão, África do Sul e Turquia se abstiveram. A nova resolução pede que o Irã “suspenda imediatamente” a construção da nova planta. Além disso, diz que o país deve informar sobre possíveis outras plantas nucleares. Teerã deu garantias à AIEA que não tinha mais nenhuma instalação nuclear em setembro de 2008. Um ano depois, admitiu que construía secretamente a planta em Qom, desde a segunda metade de 2007.

A paciência dos Estados Unidos com o programa nuclear iraniano “está se esgotando”, advertiu o embaixador americano Glyn Davies, enviado de Washington à Aiea. Já o secretário de Exterior da Grã-Bretanha, David Miliband, aconselha o Irã a reconsiderar o programa nuclear para evitar algo mais sério.