sábado, 18 de abril de 2009

Fantasma na Somália com Lula e Obama (5)


Lula Guran sugere: etanol e dinheiro para levar paz à terra dos piratas

Lula Guran, com a experiência da pequena intervenção brasileira no Haiti, até admitiu que talvez fosse o caso de uma intervenção da ONU com tropas da Otan, Europa e Ásia. Lula Guran ressaltou que, nesta hipótese, os pigmeus já tinham sofrido muito nas mãos dos colonizadores e que talvez os latinos mais pobres não devessem ser chamados para uma operação num ambiente de tamanha gravidade e delicadeza no Corno da África.

Sugeriu uma intervenção com dinheiro para levantar a economia da Somália, Etiópia, Quênia e outros países, levar agricultura e paz à Somália. Salvar as suas poucas florestas remanescentes. Lula Guran falou até em plantar cana para produzir álcool na Somália com agrobusiness bancado pelo Banco BNDES.

Lula Guran frisou, repetidamente, que, ao se referir a latinos mais pobres, não o fazia com conotação racista, e que o fato de se inventar e aceitar o apelido Guran não envolvia conotação racista, e que, da mesma forma, nada havia de racismo quando denunciou que as mazelas da crise financeira mundial decorreram da irracionalidade de gente branca de olhos azuis.

De fato, pigmeu, que tanta gente confunde com negros de estatura pequena na África, nada tem a ver com centímetros a mais ou a menos. Embora pigmeus se concentrem abaixo do Hemisfério Sul, estão de tal forma espalhados nas sociedades do mundo que, sem dúvida, representam uma raiz de esperança para acabar de vez com as práticas racistas. Mas, claro, ainda há uns poucos pigmeus de baixa estatura na África, afastados da civilização como os últimos índios não-aculturados da Bacia Amazônica.