segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Cesar Cielo constrói seu império

De Santa Bárbara para o mundo, nadador contou com a família para achar seu esporte! Deu no Lancepress:
– Investir, ninguém quer. Ainda busco uma empresa do Brasil.
Que com suas façanhas em Roma, então, venham os frutos.

Duas vezes campeão mundial em menos de uma semana, nos 50m e nos 100m nado livre, Cesar Cielo rapidamente se tornou um dos maiores ídolos do esporte brasileiro. O fenômeno, que nasceu em 10 de janeiro de 1987 na cidade de Santa Bárbara D’Oeste, interior paulista, conquistou as páginas de jornais de todo o mundo com seu excelente desempenho no Mundial de Esportes Aquáticos de Roma.
A história desse sucesso, porém, começou bem mais cedo. Mais precisamente em 1994, aos sete anos, quando começou a nadar no Esporte Clube Barbarense, com o técnico Mario Sobrinho. Um ano depois, ganhou sua primeira medalha: um bronze, no torneio Bob’s de natação. A prova? Os 50m nado livre.

Depois disso, treinou dois anos em Piracicaba até receber um convite do ídolo Gustavo Borges para nadar pelo Pinheiros, em São Paulo. O pupilo até ganhou o traje com que Borges fez sua última competição. A partir dalí, a carreira deslanchou.

Cielo foi convocado pela primeira vez para a Seleção Brasileira. Bons resultados lhe renderam bolsa para estudar na Universidade de Auburn (EUA), reino dos velocistas, onde ele passou a aperfeiçoar sua técnica. Até hoje Cielo treina por lá. Nessa trajetória, o nadador sempre contou com o apoio – motivacional e financeiro – de seus pais, Cesar e Flávia. A mãe é, inclusive, sua empresária. E sabe como ninguém o quanto o filho procurou antes de achar sua especialidade.

Antes de chegar à natação, Cielo passou, sem sucesso, por outros esportes, como judô e vôlei. Futebol? Curiosamente, o ídolo nunca foi muito ligado à paixão nacional. Competir em esportes em que Cielo não tinha a habilidade que tem hoje nas piscinas era algo difícil para o competitivo garoto, que chegava a chorar quando era derrotado. Aliás, lágrimas são comuns na vida de Cielo. Além de derramá-las na derrota, ele se emoçiona nas vitórias da carreira. Foi assim no ouro dos 50m livre na Olimpíada de Pequim. Ontem, contudo, segurou o choro após vencer a prova em Roma.

Porém, não é só de choro que se faz a forte personalidade de Cielo. Exemplo: ele criticou publicamente as condições que a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos oferece aos atletas por aqui. Além disso, em entrevista exclusiva ao L!, falou da dificuldade para fechar com um patrocinador, apesar dos resultados; hoje, Cielo conta com a verba que recebe dos Correios, por meio da CBDA, do Pinheiros e da Arena, que o patrocina.