segunda-feira, 21 de março de 2011

Pornografia ou arte: Alfredo Herkenhoff tem conta no FB desativada

    Alfredo Herkenhoff reconhece que teve a sua conta no Facebook desativada devido à postagem de uma foto de um nu frontal feminino, como ilustração de uma pequena, porém, complexa reflexão sobre pornografia na mídia brasileira, tendo citado no texto o Canal Multishow. O conteúdo, por causa da foto, foi postado, tarde da noite de domingo (20 de março de 2011), com a intenção de ser retirado pelo próprio autor em menos de uma hora. Mas, em poucos minutos, o autor recebeu mensagem de facefriend dando conta de que a publicação da foto era um excesso que contrariava o espírito da ferramenta social.  O autor do mural reconheceu que sim e respondeu, sem usar exatamente essas palavras, que aquele conteúdo seria apenas avistado por público adulto e que não tinha absolutamente nada de erótico. Ato contínuo, informou que estava retirando imediatamente o conteúdo verbal e a imagem considerada pornográfica.

 O autor explica que esperava sim uma pequena polêmica (de poucos minutos porque o mural seria deletado por ele mesmo) e que seu objetivo era obter dados - objetivos e subjetivos - nas reações das pessoas, com relação ao trabalho que desenvolve, como literatura ficcional (para publicação de livro em suporte tradicional, papel), envolvendo narrativas que poderão também ser confundidas nesse campo nebuloso entre o que é obra de arte e o que é pornografia.

 Com a desativação da conta, o autor, sem contestar os motivos que levaram a esta decisão, tira as suas próprias conclusões: a ferramenta, apesar de amplo arco de possibilidades de manifestações culturais, de fato não é o canal adequado para se discutir questão mais complexa como essa área  nebulosa entre o que é arte, o que é análise crítica e o que é uma indevida exploração de temas ou situações ligados ao sexo.

 Aos facefriends que se ofenderam com o mural, o autor pede desculpas. A tantos que não o viram, informa que não era mesmo grande coisa. E aos administradores do Facebook, o autor lembra que, sim, embora possa ter havido algum excesso, uma pequena e episódica reflexão sobre o tema não constitui ameaça moral de qualquer espécie, da mesma forma como palavrões, com o devido timing, também podem ser toleráveis e têm sido tolerados no próprio FB.

 Finalmente, o autor garante que o tema que suscitou a medida restritiva é, no Facebook, uma página virada. E sem saber se a sua conta poderá ser reativada, deseja felicidades e sucesso a toda a família, de facefriends aos administradores desta bela ferramenta.