quinta-feira, 16 de abril de 2009

Morte Vida, canta Nancy Vieira, chora Nancy Cobo


Nancy e Nancy

A morte é vida, a vida é morte, então vamos matar o tempo, senão o tempo mata a gente... E tricotando aqui e ali... Pimba! Chega um email da poetisa Nancy Cobo, que tudo que faz tem extrema delicadeza, tão naif na escrita. E tem o mesmo nome que está despertando fascínio: Nancy Vieira, uma cantora cabo-verdiana verdadeiramente maravilhosa... Guiné Bissal total. E é incrível ter tão de repente Nancy Vieira, uma das melhores cantoras do mundo! Oh! Este quilate... Quantos... Muitos em Billie, Ella, Susan Boyle, Mina, Nina Simone, Joplin et al...




Nancy Vieira mistura com a voz, que tem tantos ou mais recursos do que uma esplêndida rascante Alcione, a Marrom, só que mais aveludada, canções embalando jazz, ritmos afros, fado, percussão afro-peruana, balanços cubanos, bolero samba, sambolero, e as línguas portuguesa e crioula, as oficiais da Ilha do Sol... Dá uma tremenda vontade de conhecer o arquipélago vulcânico a uns 500 quilômetros da costa noroeste da África. Nancy Vieira e Nancy Cobo, tão distintas pelas cores da música e da tinta, e tão unidas aqui para sempre neste cada um no seu quadrado de emoção num oi-como-vão-vocês, mais do que um adeus, apenas nomes: Nancy Cobo, Nancy Vieira! Parabéns por existirem!


Adeus a Um Amigo
Nancy Cobo


Não existe instante mais triste do que dar adeus a um amigo.
É como se perder um pedaço do coração.
Esse ano de 2009, já perdi minha madrinha, minha segunda mãe.
Wilson meu Guru, amigo e que foi o Pai que eu nunca tive ao meu lado.
Obrigada por ter existido na minha vida
Mario Jorge Pinto Figueiredo.
Meu médico, Meu amigo, o irmão que nunca tive.
Vocês me deixaram com vazio no peito
levaram junto um pedaço do meu coração
Obrigada Dr. Mario, por tudo que você fez pela minha filha.
pela minha nora, por mim.
Obrigada por ter trazido ao mundo as minhas netas
Obrigada por ter existido na minha vida
(...)