Às 16h30 desta quinta-feira, o rastreador Google registrava 305 mil entradas da palavra “Airbus” na internet nas últimas 24 horas. Dividindo este total de entradas por 86.400, que é o número de segundos num dia, constatamos o seguinte: a palavra Airbus foi clicada 4,7 vezes por segundo de ontem para hoje.
Os números não são precisos neste caso, e talvez nem precisemos deles, mas ainda assim se somam às dores e às especulações em meio às buscas dos destroços do aparelho da Air France perdido no Mar Tenebroso. Especialistas são convidados a discorrer sobre hipóteses. Engenheiros juntam as primeiras peças, informações digitais e fragmentos do aviao A330.
Mesmo assim, no alvoroço das ruas, é recorrente a especulação ou chutologia: tem angu nesse caroço, não se descarta a possibilidade de atentado, político ou o velho golpe da pessoa desesperada buscando, com um suicídio, um seguro generoso para a família em terra. E as reservas polpudas da companhia francesa são tentadoras: 600 milhões só para este raro mergulho no Oceano Atlântico.
Sarcasmo inevitável: se tiver que morrer de acidente de avião, jamais escolha a TAM, que esta tem a marca da Justiça Brasileira com todo aquele marasmo nos processos de indenização.
Por último, se você quiser tentar este golpe sujo, como já foi tentado várias vezes no cinema, enfrentará dois obstáculos. O primeiro é a dificuldade para entrar com uma bomba num grande avião. Segundo, detoná-na primeira turbulência intertropical. Em terra, a sua família em dificuldades chora... E o Ricardão agradece, Ricardão do futuro, bem entendido...