segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

O fim de Maduro é o fim do chavizmo e do petropopulismo



 O fim de um modelo
 
Por Angel García Banchs |  El Universal
Segunda-feira 17 fevereiro de 2014 12:00


O que estamos vivendo nos dias de hoje não é a implosão de um governo , ou apenas o fim do chavizmo , mas o fim de um modelo político econômico criado em meados dos anos 70: o modelo que chamei de petropopulista.

Tal como previ, a sociedade civil está passando por cima da classe política. Estudantes na manifestação pacífica em 13 de fevereiro cantavam: Não sou Capriles, não sou Maduro , sou estudante e estou pensando em meu futuro.

A sociedade civil finalmente compreendeu (e falta ainda aglutinar clubes, sindicatos e a Igreja) a necessidade de passar por cima dos políticos para recuperar a liberdade e a República , e  assim acabar de vez com a insegurança, o desabastecimento, a inflação e as dificuldades que nos sufocam .

Lembrete, a Venezuela foi um exemplo de civilidade , modernidade e crescimento durante o período de 1925 a 1974, e  foi também em parte um exemplo na América Latina e um bom exemplo no mundo, democracia e república , mas desde os anos 70, quando o petróleo deixou de ser apenas uma mercadoria e se tornou um ativo financeiro, o seu preço se tornou volátil e crescente, e a indústria petrolífera foi nacionalizada , apareceu o populismo, que gradualmente foi minando as bases de nossas  instituições mais sólidas, gerando isso que vivemos hoje.


O que estamos vivendo é o fim de um modelo, o qual, exacerbado, nos levou apenas a uma autocracia, o presidencialismo e o voluntarismo. O modelo petropopulista não passa de um modelo de divisão rentista, um modelo conflitivo de máfias e controles que precisa dos pobres como base política e clientelista, um modelo que não ataca a pobreza, ao contrário, a reproduz, um modelo que só leva ao sofrimento.

Pessoalmente eu o defino assim: o petropopulismo é uma forma de política caracterizada por promover , manter e exacerbar a dependência do cidadão à renda externa do petróleo em substituição ao seu esforço produtivo, cidadão que não pode se desenvolver plenamente por causa do interesse político na manutenção do desemprego, subemprego e pobreza como base de clientelismo político . O rentismo, porém, acima de tudo, é esse petropopulismo que determina a relação entre o Estado e o cidadão , tornando este último dependente do primeiro, e não o contrário .

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

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