sábado, 25 de abril de 2009

Petróleo barato no mundo, Pré-Sal, Royalty (2 de 3)

Avanço tecnológico de energias alternativas encareceria os custos e riscos de se investir em pesquisas para o Pré-Sal?

By Alfredo Herkenhoff *

A ser correta a análise da reportagem, o óleo das profundezas abissais do Atlântico Sul tão cedo não vem à tona porque, hoje, o custo de produção de um barril fica entre mais ou menos oito e 15 dólares por aí, o da extração da estatal na Bacia de Campos sai a cerca de 12 a 15 dólares. O preço estimado para uma futura produção a 7 mil metros no Pré-Sal, com tecnologia ainda a ser desenvolvida e só possível daqui a cinco ou dez anos, e requerendo antes centenas de bilhões de dólares em investimentos em pesquisa, com parceria de várias empresas e nações, ficaria em torno de 35 a 45 dólares, valores de hoje (Os números deste parágrafo aqui não são exatos, são grosso modo apenas estimativos, não saíram nem na Newsweek, nem em parte alguma de que me lembre, mas comungam com uma visão geral de analistas e são fundamentados por gente especializada do Edise e à qual o Correio da Lapa teve acesso).

Se for verdade que, nos próximos anos, os preços das últimas jazidas de fácil extração mundo afora não vão ficar muito acima do que escreveu a Newsweek, os riscos e os custos para o Pré-Sal podem ficar ainda maiores.

Paira, entre analistas de estratégia do setor, a convicção de que o recorde de quase 150 dólares o barril, em junho passado, foi um espasmo da crise financeira que iria explodir em setembro, mas não eram reais ou realísticos. As cotações ficarão baixas nos próximos anos porque, segundo esses analistas, surgirão novas tecnologias de produção de energia, em especial, a renovável, com maior respeito, ou menor desrespeito ao meio ambiente em crise de aquecimento global.

Na pior das hipóteses, há quem estime que o etanol e outras energias verdes vêm aí em escala maior e com pinta de relativamente bom para a redução do global warming. É só observar o que o presidente Barack Obama diz, não se cansa de repetir: energia alternativa e infra-estrutura, as palavras-chave no tocante a investimentos da Casa Branca contra a crise na economia americana.

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