sábado, 10 de outubro de 2009

O fracasso do Rio de Janeiro 2015 e 2016 3/5

O Brasil, desde o Plano Real, implantado em julho de 1994, ou 15 anos atrás, registra cerca de setecentos mil (700.000) assassinatos. Em breve chegaremos a números de Ruanda em período menor, a hecatombe vai em breve superar a matança do povo tútsi na África. Aliás, já superou se se incluir os homicídios do tempo da presidência José Sarney para cá.

O prefeito Eduardo Paes, o Ed Paz, também mal falado como Ed Guerra, está afoito achando que na marra vai dar choque de ordem e preparar o Rio para as festas de congraçamento em 2014 e 2016. Talvez ele esteja lá em 2014, mas precisaria se re-eleger em 2012. Em 2016 só estará se poder se puder trocar um segundo mandato pelo de governador.

"Cada fracasso ensina ao homem algo que precisava aprender." (Charles Dickens)

Ed Paz está causando desemprego no campo da economia informal. Seria bacana todo mundo ter carteira assinada. Mas o que se vê é só um contraste. Ed Paz tira o camelô do Largo da Carioca, e o camelô vira um mistério da Távola Redonda. Seu castelo Camelot é a revolta. Enquanto Ed Paz dá pulos de alegria na Dinamarca, festejando a vitória olímpica, o camelô pula a roleta do trem, e destroça tudo, trem, roleta e ideia de que deva ser para sempre um resignado com os maus serviços da Supervia. O trabalhador humilde da Baixada aproveita a semana olímpica e faz estremecer o que era para ter sido só comemoração carioca.

"Fracassar depois de longa perseverança é muito mais sublime que nunca ter feito um esforço suficientemente bom para ser chamado de fracasso." (George Eliot)

Os índices de homicídio do Rio de Janeiro não estão caindo, apesar daquela imensidão de cruzes periodicamente enfincadas na areia da praia diante do Hotel Copacabana Palace.

"O fracasso quebra as almas pequenas e engrandece as grandes, assim como o vento apaga a vela e atiça o fogo da floresta." (Benjamin Franklin)

No andar presunçoso da carruagem de Brasília, no tititi do tílburi levando a dupla Cabral e Eduardo Paes, o Rio de Janeiro corre o risco de, sozinho, enquanto unidade da Federação Brasileira, superar o índice anual de assassinatos nos Estados Unidos. E aí quero ver Eduardo Paz Guerra e Sérgio Pedro Cabral dando pulinhos para comemorar mais uma façanha sanguinolenta: Rio de Janeiro registra mais assassinatos a tiros por ano do que a matança em toda a nação norte-americana em período igual.

"O fracasso é um tempero indispensável ao êxito." (Truman Capote)

Hoje matamos no Rio de Janeiro-Estado mais de 7.000 pessoas a cada 12 meses. Os Estados Unidos de Obama Nobel Barack da Paz vem reduzindo seus números. Talvez o ponto de não-retorno da vergonha do Rio de Janeiro aconteça ali pela faixa de 8 mil. Os Estados Unidos caminham para registrar menos de 8 mil assassinatos por ano. O Rio de Janeiro, com o governador janota achando que é só porrada que resolve, caminha a passos largos para atingir a meta de 8 mil almas liberadas por armas de fogo.

(Por Alfredo Herkenhoff - segue a parte 4 de 5)