quinta-feira, 9 de julho de 2009

H1N1 influenza game over - Andre Marques & Dany Bananinha

O vírus involuiu:

é mais uma epidemia da cascata



O último contaminado




O falso contaminado




A mais bonita contaminadora


A gripe suína, a influenza H1N1, chegou aterrorizando. Quase toda ameça de peste chega assim, botando banca e medo. Fidel Castro, doente, quase rompeu relações diplomáticas com o México. A ameça da gripe A apavorou até el Comandante, acostumado com aqueles furacões devastadores do Caribe. A China distante cancelou voos entre Pequim e Cancún.

E a OMS, cabidão de emprego, avisou ao mundo: o vírus pode evoluir, mutatis, pode ficar letal, e o medo foi total. De repente, o vírus involuiu: é mais uma epidemia da cascata, pelo menos é isso o que parece, uma gripezinha qualquer, como a que atinge 10% dos brasileiros todo ano, conforme falou uma autoridade zaratustra da vigilância sanitária midiática, aquela que não vigia a desídia dos políticos com relação ao sistema público de saúde.

E para coroar essa desmoralização do vírus, que ficou manso, já até serve de pretexto, qual dengue, para faltar ao trabalho...

Um cara famoso da Globo, o ator e apresentador André Marques, foi à Argentina num fim de semana, passou mal numa segunda e, como ele é de Niterói, deu uma quebrada de asa no volante na altura da cabeça da Ponte Costa e Silva e foi até o Fundão, no Hospital de referência Clementino Fraga. Diagnosticaram na hora, que global não encara fila: é a suína. Ele faltou ao Video Show uns dois ou três dias, foi substituído por uma mulher da casa de Boninho, mas voltou. Claro, André Marques voltou já na terça ou quarta para falar que Michael Jackson é o Rei do Pop. O desejo de aparecer está no sangue do teatro, e a Globo é o plasma, é a seiva, é a circulação hemodinâmica do teatro.

Resumindo: gripe A já era. Mas ainda serve de pretexto: a Globo cancelou gravações de uma novela que faria no Chile e na Argentina. A apresentadora Angélica não pegou a suína de Marques e não passou nem para os dois filhos, nem para o maridão Luciano Huck, e este, claro, também não passou para ninguém, nem para a Dany Bananinha.

Milhões de casos, agora milhares por dia, a influenza parece a dengue da moda, dengue com um pouco de mosquito, gotículas da tosse, um pouco de paranoia e muito pretexto para faltar ao trabalho, ou mudar o esquema de trabalho.

Se for emprego publico, no stress, se for trampo-cascata no Senado , não precisa nem de desculpa, lá quase ninguém trabalha mesmo , só ganha salário alto...

Mas, se for setor de mídia privada, cuidado, não falte ao expediente, nem com suína e dengue juntas, porque se faltar, o patrão pode descobrir que você não está contaminado, que você não faz falta. O mundo da comunicação na crise econômica precisa de gente doente. Com saúde, isto é, grana, nada de trabalho nem desculpa, é só praia e mar . É música e dança, é musa, é prazer.

Por Alfredo Herkenhoff